No domingo (6), chega ao fim o reinado de Talita Hartmann como Miss Grand Brasil.
A modelo de 28 anos passa a coroa durante a final do concurso nacional, quando será eleita em São Paulo a nova representante brasileira para o Miss Grand International —competição que rendeu à gaúcha a faixa de vice-campeã.
"Foi uma trajetória muito bonita", resume Talita em entrevista à coluna (assista a um trecho do bate papo ao final do texto).
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"É um caminho de garra e superação. Saber que está acabando um ano tão importante na minha vida me deixa um pouco triste, mas estou muito feliz com a entrega que fiz e com o profissionalismo que pude mostrar ao mundo inteiro."
A conquista internacional veio de forma inesperada. Em maio último, a indiana Rachel Gupta, vencedora do mundial de 2024, teve um desentendimento com a organização e deixou o posto. Outras duas finalistas do Grand, as misses de Mianmar e França, também optaram por renunciar às suas posições, o que levou o certame a promover uma reclassificação.
Assim, a filipina Christine Juliane Opiaza, que era a vice, assumiu o título máximo no lugar de Rachel, enquanto Talita, que havia sido anunciada em quinto lugar, subiu para a segunda colocação.
"Fiquei em choque. Nunca esperei estar no Top 5 e, ainda por cima, agora ser a atual vice Miss Grand. Às vezes os nossos planos não são os mesmos de Deus e nem no mesmo tempo. Quando é para ser, é", analisa.
Nascida em Jaguari e criada em São Vicente do Sul, ambas cidades pequenas no interior do Rio Grande do Sul, Talita conta que desde o nascimento sua história é marcada pela fé e pela resiliência.
"Minha mãe tinha feito laqueadura e, de repente, descobriu a gravidez. No dia do meu nascimento, num primeiro momento eu fui dada como morta pelos médicos. E agora estou aqui", relembra.
"Interessante que minha mãe escolheu meu nome em um papelzinho que ela achou embaixo do banco da igreja. Depois, ela viu um trecho na Bíblia, Marcos 5, que dizia: 'Talita, levanta-te'. Então eu acredito que nasci com um propósito. Ganhei o mundo no momento em que Deus decidiu que eu deveria estar aqui."
ATAQUES DE ÓDIO
Logo após ser eleita e ao longo de seu reinado, a gaúcha também enfrentou muitas críticas, com mensagens de ódio questionando sua vitória no nacional. Ela deu a resposta como finalista do mundial —e hoje vice-campeã—, mas revela que foi desafiador lidar com as redes sociais.
Para Talita, a base emocional e familiar foi essencial para superar os momentos difíceis. "Tenho poucos, mas bons amigos, e uma família que me conhece de verdade. Minha mãe sempre disse que sou uma guerreira. Saí de casa aos 14 anos para trabalhar, fui me virando sozinha. Isso me formou."
Com experiência como modelo internacional, a miss destaca a identificação com a cultura asiática durante o Miss Grand International 2024, que aconteceu na Tailândia.
"A Ásia sempre teve um lugar especial no meu coração. O povo tailandês tem aquele calor humano que lembra muito o brasileiro. Me senti em casa."
Agora, a Miss Brasil já tem planos de futuro e se volta para a vida universitária. Recém-aprovada em uma universidade paulista para o curso de publicidade e propaganda, ela pretende focar os estudos, sem abandonar completamente o universo da beleza.
"Estou trabalhando como booker internacional e sigo ativa nas redes sociais. Mas o foco é ser uma boa profissional."
Sobre o legado que deixa para a próxima representante, Talita deseja coragem.
"Espero que ela seja tão resiliente quanto eu, que tenha a força da mulher brasileira e não desista, mesmo diante das dificuldades. Que continue o nosso legado e, quem sabe, traga mais uma coroa para o Brasil. Amém."
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