Jurídico de Wilson vai pedir a anulação da eleição em Cuiabá

Coordenador jurídico da campanha de Wilson Santos (PSDB), o advogado José Rosa anunciou que vai acionar a Justiça Eleitoral para anular o resultado das eleições deste ano em Cuiabá.

O candidato Emanuel Pinheiro (PMDB) foi eleito prefeito com mais de 60% dos votos.

Segundo o advogado, o processo eleitoral foi comprometido após o peemedebista conceder uma entrevista coletiva, na tarde de sábado (29), em que divulgava um pedido do Ministério Público Eleitoral de cassação do registro da candidatura do tucano.

Segundo José Rosa, durante a coletiva, o advogado Nestor Fidelis, assessor jurídico de Emanuel, teria dito que Wilson teria seus votos anulados em razão da ação do MPE.

“Há uma fala que considero criminosa, do Nestor Fidelis, que diz: ‘Isso aqui é grave, não queria falar isso, mas caso votem em Wilson Santos, o voto será anulado, será zerado, e aí você vai perder o seu voto. Então não vote no Wilson Santos’. Essa é a frase símbolo que leva à nulidade da eleição nesta data”, disse o advogado de Wilson.

Ednilson Aguiar/MidiaNews

O advogado Nestor Fidelis, assessor jurídico de Emanuel Pinheiro

“Além disso, esta frase foi mandada por WhatsApp, por e-mail, por SMS, para todo mundo. Isso foi massificado a tarde inteira, a noite inteira. Então, vamos encaminhar isso à Justiça Eleitoral e pedir a anulação da eleição porque fraudou a vontade do eleitor”, afirmou.

Provas robustas

Já o advogado de Emanuel, Nestor Fidelis, negou qualquer irregularidade em sua declaração. Negou, ainda, que tenha pedido para que o eleitor não votasse em Wilson por conta de uma possível anulação.

“Se minha declaração comprometeu a lisura, o que dizer então de tudo o que eles fizeram no segundo turno? Eu respeito o Zé Rosa, que é um professor de Direito Eleitoral, mas vamos continuar defendendo o Emanuel Pinheiro, porque não tem nada de irregular”, disse.

“Eu disse que é claro que haverá oportunidade de defesa, que isso vai passar por julgamento, mas as provas do MPE são robustas. O MPE entrou com ação com base em uma investigação da PF com agentes infiltrados. Certamente, digo e repito, a Justiça vai julgar essa ação”, completou.

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