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09.05.2019 | 10h40 Tamanho do texto A- A+

Operação mira suspeitos de desviar R$ 30 milhões do BB em 2 anos

Ação é coordenada pela Polícia Civil do DF; três 3 mandados são cumpridos em Rondonópolis

Divulgação

Carros de luxo apreendidos durante megaoperação da Polícia Civil do DF

Carros de luxo apreendidos durante megaoperação da Polícia Civil do DF

JAD LARANJEIRA
DA REDAÇÃO

A Polícia Civil do Distrito Federal cumpre ordens judiciais em Mato Grosso e mais sete Estados, nesta quinta-feira (9), durante uma operação que tem como alvos suspeitos de desviar cerca de R$ 30 milhões do Banco do Brasil, entre os anos de 2017 e 2018.

 

Conforme a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso, estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensões e prisão temporária em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá).

 

A Polícia Civil de Rondonópolis está dando apoio apenas na estrutura da operação, por meio da Delegacia de Roubos e Furtos da cidade.

 

Além de Brasília e Mato Grosso, estão sendo cumpridos 17 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná.

 

A Polícia Civil do Distrito Federal informou ainda que, durante a manhã, foram apreendidos 22 carros de luxo.

 

O esquema

 

A operação foi batizada de Crédito Viciado. Entre os alvos da operação estão dois ex-funcionários do banco estatal e empresários de 11 empresas terceirizadas que tinham contrato com a instituição financeira para cobrar dívidas de clientes.

 

Quando o cliente do banco quitava a dívida após contato com a terceirizada, o Banco do Brasil, automaticamente, pagava uma comissão. Só que, em alguns casos, o sistema apresentava inconsistência – uma espécie de erro técnico – e o pagamento tinha que ser feito manualmente por um servidor.

 

Dessa forma, o banco pagava um valor a mais para a prestadora de serviços e "recebia de volta um valor de propina", apontou a investigação.

 

Os policiais civis identificaram que um dos responsáveis por esse pagamento, à época, chegou a receber R$ 4 milhões em créditos ao longo de dois anos. O suspeito foi demitido pelo próprio banco em janeiro. Um outro ex-funcionário também teria recebido R$ 900 mil na conta. 

 

Foi o Banco do Brasil quem denunciou o esquema para a polícia após uma auditoria interna que descobriu o rombo. Com a investigação, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 16 milhões das contas dos suspeitos.

 

A prisão é temporária e vale por cinco dias. O grupo vai responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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