Mato Grosso registrou 1.698 acidentes por animais peçonhentos de janeiro a julho deste ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT). No mesmo período do ano passado houve 2.086 casos no Estado, o que representa uma queda de 18,6% na comparação.
Neste ano, foram 676 acidentes envolvendo serpentes, 604 com escorpiões, 164 com aranhas, 117 com outros animais peçonhentos (bagres, arraias, formigas, vespas e marimbondos), 114 com abelhas, nove com lagartas e 104 casos com animal não identificado.
Foram confirmados sete óbitos por acidentes com animais peçonhentos no Estado no mesmo período: cinco por serpentes, um por marimbondo e um por abelha. Outros seis óbitos foram notificados e estão em investigação, sendo quatro por serpentes, um por escorpião e um por animal não identificado.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Alessandra Moraes, a SES executa o Programa de Vigilância dos Acidentes por Animais Peçonhentos para reduzir a incidência e a gravidade dos acidentes.
“O foco é na capacitação de profissionais, vigilância ativa e controle de populações de animais peçonhentos. Nos últimos três anos, 123 servidores de 82 municípios foram capacitados em identificação e controle de aranhas e escorpiões. Outros 100 profissionais de cidades de abrangência dos Escritórios Regionais de Saúde de Diamantino, Tangará da Serra, Juara e Juína serão treinados ainda neste ano”, destacou Alessandra.
A coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental da SES, Marlene Barros, ressalta que mesmo que os números de acidentes por animais peçonhentos apresentem uma queda nos primeiros meses de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024, a subnotificação ainda é um desafio, visto que muitos municípios apresentam problemas quanto a digitação dessas notificações no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).
Marlene orienta ainda que a população mantenha quintais e jardins limpos, sacuda roupas e calçados antes de usar, vede frestas, ralos e buracos em casa, afaste camas e berços das paredes, use telas de proteção em ralos e janelas, entre outros cuidados.
“Observa-se um aumento preocupante nos acidentes com escorpiões, principalmente em áreas urbanas, que historicamente concentram a maior parte dos casos. Em 2024, por exemplo, os casos escorpiônicos superaram os acidentes com serpentes em 23%. Por isso, os moradores devem tomar todas as precauções necessárias para evitar problemas”, explicou.
Em relação aos primeiros socorros, é recomendado lavar o local da picada com água e sabão; se possível, fotografar o animal que provocou o acidente; e procurar imediatamente uma unidade de saúde.
“A recomendação após um acidente com animal peçonhento é de não amarrar ou cortar o local da picada. Além disso, não se deve aplicar substâncias como álcool, querosene ou pó de café, e não se deve ingerir álcool ou medicamentos sem orientação médica”, acrescentou.
A SES orienta que os municípios realizem busca ativa e controle de escorpiões; atualizem os estoques de soro antiveneno; capacitem equipes de saúde em primeiros socorros e manejo clínico, conforme os protocolos do Ministério da Saúde; e divulguem materiais educativos à população, como fôlderes, cartazes em canais oficiais de comunicação.
Confira a lista de locais de atendimento a acidentes por animais peçonhentos em:
https://www.saude.mt.gov.br/storage/files/5rFAfcnzKoKbeOsyZr10K8UVzrKRan4L28pNdzSj.pdf
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