Cuiabá, Domingo, 7 de Setembro de 2025
CRISTIANE - 30 ANOS
05.12.2022 | 11h00 Tamanho do texto A- A+

Caso segue vivo na memória dos cuiabanos; veja comentários

Estudante universitária de 22 anos foi brutalmente assassinada em dezembro de 1992 em Cuiabá

Reprodução/ Arquivo Público

Cristiane (detalhe) foi encontrada em um terreno baldio no Porto

Cristiane (detalhe) foi encontrada em um terreno baldio no Porto

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Trinta anos depois do brutal assassinato da universitária Cristiane Augusta de Moraes Correa, de 22 anos, o crime, até hoje sem solução, segue vivo na lembrança e intrigando quem acompanhou o caso à época.

 

Em uma publicação do MidiaNews rememorando o crime, dezenas de pessoas disseram ainda se lembrar do dia em que o corpo da jovem foi encontrado em um matagal do Bairro Porto, próximo à Escola José de Mesquita, e em como o caso impactou a cidade.

 

“Me lembro muito bem desse caso. Na época eu tinha 12 anos, morávamos próximo e cheguei a ir no velório com minha mãe. Nunca vi tanta gente em um velório, o caso chocou o bairro e a cidade toda”, dizia um dos comentários.

 

“Me lembro da morte dela. Moro no Verdão e foi uma tristeza muito grande o que fizeram com ela. Nunca consegui esquecer”, afirmava outra.

 

A jovem desapareceu em plena luz do dia, em 9 de dezembro de 1992, após ligar para uma amiga e dizer que passaria em sua casa. Ela foi encontrada  no dia seguinte morta, seminua, com ferimentos no corpo e com uma peça de roupa enrolada em seu pescoço.

 

“Foi um dos casos mais brutais que vi [...]. Um processo com mais de 30 volumes que não teve finalização [...]. Somente desejo que todos envolvidos tenham sofrido em vida pelo menos a metade que está família sofreu”, disse uma mulher que afirmou ter trabalhado na 4° Vara Criminal na época.

 

Surgiram também muitas pessoas que afirmaram ter conhecido a jovem. Ela é descrita com carinho como uma pessoa “meiga, alegre e sorridente”.

 

“Morava na minha rua, tive a oportunidade de conviver com ela, uma moça linda e calma, a família era muito amiga nossa. Nestes 30 anos vimos a família morrer de desgosto e falta de justiça, tomara que seja reaberto e a verdade venha a tona”, disse um deles.

 

“Foi encontrada próximo aonde eu morava, via ela todos dias indo pra faculdade e era inspirador. Fiquei bons anos me perguntando quem teria feito esse horror e o porque”, dizia outra publicação.

 

Entre os comentários, assim como uma das matérias da época publicada no jornal Diário de Cuiabá, levantou-se a hipótese de que alguém com as “costas quentes” teria cometido o crime, devendo-se a isso a falta de desfecho.

 

“Lembro do caso, na época comentavam que os assassinos eram filhos de pessoas influentes, até mesmo de dentro da polícia. Comentavam também que investigaram e descobriram tudo, mas abafaram o caso”, dizia uma das publicações.

 

O caso mobilizou o efetivo policial e fez com que a Delegacia de Costumes, responsável pela investigação à época, abandonasse os casos mais simples e se concentrasse na morte de Cristiane.

 

Ainda com todo esse esforço aparente, o inquérito não conseguiu apontar um autor, e várias falhas foram identificadas ao cair em outras mãos. Uma exumação chegou a ser solicitada após uma lâmina com material genético “desaparecer”. Outras falhas também foram apontadas.

 

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alan sergio   05.12.22 13h39
foi triste na época
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