KATIANA PEREIRA
DA REDAÇÃO
A Corregedoria Geral de Mato Grosso afastou os policiais militares Robson Rocha e Franco Nascimento das rondas policiais. Os dois foram remanejados para serviços administrativos no Batalhão, em Santo Antônio do Leverger (27 km ao Sul de Cuiabá), onde são lotados.
Os professores Luis Marcelo Lujan, 29, e Ignácio Augustin Lujan, 26, denunciaram que foram espancados e acusados de furto quando saíam da boate Gerônimo, localizada na localizada na Rua Cândido Mariano, no Centro da Capital. O incidente foi registrado na madrugada do dia 31 de março passado.
Segundo o corregedor-geral da PM, coronel Jorge Catarino Morais Ribeiro, o afastamento foi para preservar a integridade dos policiais, até a conclusão da investigações. Se comprovada a denúncia, os militares também irão responder a um processo na área cível.
Os irmãos Lujan afirmaram que foram acusados injustamente de furto e que foram espancados pelos policiais.
Eles foram levados para a Central de Flagrantes e autuados por furto qualificado. Os professores fizeram exame de corpo de delito, que comprovaram as agressões.
Ignácio Lujan teve três dentes quebrados, devido à agressão. Eles ficaram detidos até a noite do dia 4.
A advogada dos irmãos, Beatriz Viana, disse que seus clientes conheceram duas mulheres com quem dançaram. Isso teria despertado ciúmes nos policiais, que foram até a saída da casa noturna atrás dos irmãos.
O cônsul argentino Gabriel Herrera veio de Brasília para Cuiabá para intermediar a liberação dos professores. Ele acusou as polícias Civil e Militar de Mato Grosso de despreparo, no episódio do espancamento e prisão dos dois turistas.