A professora Patrícia da Silva Cosmos, de 40 anos, disse não ter ficado surpresa com a nova prisão do primo, Lumar Costa da Silva, de 34, nesta segunda-feira (17). “Ele voltou para o lugar que nem deveria ter saído”, afirmou ela à reportagem do MidiaNews.

Lumar matou a tia, Maria Zélia da Silva Cosmos, mãe de Patrícia, no dia 2 de julho de 2019, em Sorriso. Ele arrancou o coração da vítima, andou por três quadras e entregou o órgão em uma sacola plástica à prima, que estava com os três filhos pequenos em casa e presenciaram toda a cena.
A Justiça considerou Lumar inimputável após um laudo apontar que ele sofre de transtorno afetivo bipolar tipo I e determinou sua internação para tratamento no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Adauto Botelho, em Cuiabá.
Em 18 de junho de 2025, ele recebeu alta médica e a Justiça autorizou sua desinternação. Desde então, Lumar vivia em Campinas (SP) com a mãe.
A nova prisão foi determinada pelo juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto, da Vara de Execuções Penais de Cuiabá, menos de cinco meses após ele deixar o Adauto Botelho.
O motivo foi o descumprimento das condições impostas e a notícia de seu envolvimento em um novo fato criminoso, um suposto episódio de violência doméstica contra a ex-mulher.
Ele será recambiado para Mato Grosso e voltará a ficar internado no Adauto Botelho.
Loucura e tensão
Patrícia contou ter descoberto ainda na tarde de ontem sobre a nova internação, por meio de uma familiar.
“Levei um susto, claro. Susto entre aspas, porque quando o Lumar foi pras ruas eu já imaginava, que como ele é um cara ruim, um psicopata ele não ia ficar quietinho”, disse.
Ela ficou sabendo também que o primo vinha, ao longo de meses, descumprindo as medidas impostas pela justiça.
“Ele não estava cumprindo com o combinado, não estava indo para o Caps e isso já tinha meses”, complementou.
À época da desinternação, Patricia disse ter se sentido como se ela “fosse a prisioneira”. Ao longo dos meses em que Lumar esteve livre, ela contou ter reforçado sua segurança e lidado com o medo constante.
“Ficamos bem atentos, tive que instalar câmeras na minha casa, reforçamos a segurança, foi um momento de loucura e tensão”, disse ela.
“Com essa notícia eu me sinto até aliviada, um pouco mais confortável, porque ele, na verdade, ele voltou para o lugar que nem deveria ter saído”, completou.
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