A empresária e fundadora do Grupo Scheffer, que atua no setor do agronegócio, Carolina Scheffer, pintou o corpo e o rosto com tinta preta para se 'fantasiar' de negra em uma festa realizada na sede do Grupo Bom Futuro, no sábado (20). Ela é casada com Elizeu Scheffer.
O ato de pessoas brancas pintarem o rosto e corpo com tinta preta é conhecido como "blackface", prática que começou com atores brancos que pintavam a pele com carvão para representarem personagens negros, reforçando estereótipos negativos.
Nas imagens do evento, a empresária que é branca e loira, aparece com o rosto e a corpo cobertos por tinta preta. Com vestido de bolinha, batom vermelho e peruca de cabelo crespo, Carolina quis representar a "nega maluca".
A personagem, que surgiu no carnaval brasileiro, é um estereótipo racista da mulher negra.
O coordenador de Juventude da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Refrano) em Mato Grosso, Vinícius Brasilino, ressaltou que o blackface é uma prática racista e que zomba da história das pessoas negras.
"Tem práticas que mesmo abominável ainda tem pessoas que tem a pachorra de reproduzir. Blackface não é sobre fantasia é sobre o racismo que violenta nossos corpos e zomba a nossa história. Essa é Carolina Scheffer que se achou no direito de se pintar de preta enquanto o femicídio mata majoritáriamente as mulheres negras. Tem que ser denunciado. Se quiser fantasiar se fantasie de qualquer coisa, mas não se pinte de preto. Racistas não passarão", publicou nas redes sociais.
A reportagem do Olhar Direto procurou o Grupo Scheffer que, por meio da assessoria de imprensa, informou que por se tratar de um evento particular, não vão se pronunciar sobre o caso.
A empresária enviou nota sobre o episódio. Leia abaixo:
Lamento pelo uso de uma fantasia durante uma festa em Cuiabá. Não tinha a dimensão do seu significado, e agora compreendo ser ofensiva, mesmo sem qualquer intenção de gerar esse sentimento. Estou sensibilizada com a repercussão, e comprometo-me a estudar sobre o tema com a devida atenção e continuar buscando novos conhecimentos sobre um assunto tão relevante ao país.
Carolina Scheffer
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7 Comentário(s).
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marcos 23.08.22 16h28 | ||||
Antigamente, um grupo musical chamado As meninas fizeram uma música chamado Samba Da Nega Maluca. Todo mundo dançava e se divertia. Não entendo por que hoje dizem que é racismo. É festa a fantasia, pra mim tá tudo certo. | ||||
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Thiago P. 23.08.22 09h37 | ||||
Acho que as pessoas se tornaram sensível de mais, imagina se eu servir uma Nega Maluca de sobremesa ou brigadeiros em uma festa quem se atreve a se fantasiar de Saci pereré tudo é racismo chega ser ridículo, meu apelido é Tição e não me sinto ofendido por nada e pra quem se senti " ferido " adote a postura do michael jackson talvez assim melhore. | ||||
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Carla 22.08.22 22h29 | ||||
Ficou feio ein, estranho que ninguem na festa tenha alertado a senhora da bola fora | ||||
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Carla 22.08.22 22h28 | ||||
tinha que pedir desculpa e fim de papo | ||||
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Maria Silva 22.08.22 22h27 | ||||
ACHO QUE NAO FOI MALDADE, FOI FALTA DE INFORMAÇÃO MESMO, NAO TINHA IDEIA DA BOLA FORA | ||||
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