O empresário Igor Thomae Rodrigues, de 27 anos, morador de Água Boa, afirmou que vai acionar judicialmente o supermercado onde comprou um uísque falsificado que provocou intoxicação grave e perda temporária da visão, além do Hospital Regional Paulo Alemão, onde recebeu o primeiro atendimento, por suposta negligência.

Ele contou ter sido informado pela Polícia Civil que 71 garrafas do mesmo lote da bebida foram recolhidas, todas com rótulos adulterados.
O laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), que vai confirmar a composição exata da substância encontrada nas garrafas, ainda está pendente.
“Já foi constatado que os rótulos estavam totalmente adulterados. Agora a gente só espera o laudo da Politec sobre o que havia dentro da garrafa. Mas que a bebida era falsa, isso já é certeza, já nos informaram”, disse em entrevista à TV Vila Real
Igor relatou ter ingerido cerca de 700 ml da bebida, aproximadamente quatro doses, no dia 14 de outubro, uma terça-feira. No dia seguinte, acordou com sintomas que descreveu como muito além de uma ressaca comum: fortes dores abdominais, vômitos e, posteriormente, falta de ar.
Ele acionou o Corpo de Bombeiros, que o levou ao Hospital Regional. Segundo o empresário, o atendimento foi superficial. Ele afirmou que os profissionais se limitaram a verificar o hálito alcoólico e, em seguida, o liberaram.
“Eu lembro que levantava e só via vultos. Minha visão já estava muito baixa e diminuindo cada vez mais. Isso foi de madrugada. No sábado de manhã me deram alta. No domingo, acordei completamente cego, não enxergava nada. Foi aí que voltei ao hospital”, relembrou.
Na segunda ida à unidade, segundo ele, a conduta médica não mudou. A família então buscou atendimento particular. Uma médica abriu sua clínica para atendê-lo de emergência.
Durante o exame, ela constatou que o nervo óptico de Igor estava “branco”, sem irrigação, um indicativo de lesão grave causada por intoxicação. A profissional recomendou transferência imediata para tratamento especializado.
Igor iniciou rapidamente o uso de eritropoetina e dexametasona (corticoide). Após cinco dias completamente sem visão, começou a recuperar a capacidade de enxergar, percebendo inicialmente apenas sombras. Depois, a visão foi retornando de forma gradual.
“Depois disso foi só alegria”, afirmou.
Veja vídeo:
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
|
0 Comentário(s).
|