Cuiabá, Segunda-Feira, 23 de Junho de 2025
PARALISAÇÃO
27.05.2019 | 10h51 Tamanho do texto A- A+

Escolas amanhecem vazias no primeiro dia de greve em Cuiabá

Paralisação, por tempo indeterminado, foi decidida na última semana; categoria cobra cumprimento de lei

Alair Ribeiro/MidiaNews

Sala de aula vazia na Escola Estadual Nilo Póvoas, no Bairro Bandeirantes

Sala de aula vazia na Escola Estadual Nilo Póvoas, no Bairro Bandeirantes

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

Portões fechados. Pátios e salas de aulas vazios. Foi assim que a maioria das escolas estaduais amanheceu nesta segunda-feira (27), no primeiro dia da greve da Educação, em Cuiabá.   

 

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), das 73 escolas da Capital, 67 aderiram à paralisação. No interior do Estado, ainda não há dados. O Governo não irá se manifestar.

 

Os profissionais decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, no último dia 20.  

 

Eles cobram o cumprimento da lei da dobra do poder de compra - aprovada em 2013, na gestão do ex-governador Silval Barbosa, e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos - e a Revisão Geral Anual (RGA).

 

Alair Ribeiro/MidiaNews

Escola Estadual Liceu Cuiabano

Escola Liceu Cuiabano com os portões fechados nesta manhã

Os profissionais ainda reivindicam o fim do escalonamento salarial, realização de um concurso público e um calendário para melhorar a infraestrutura das escolas. 

 

Nesta manhã, a reportagem esteve nas escolas Liceu Cuiabano Maria de Arruda Müller, Presidente Médici e Nilo Póvoas, consideradas as maiores da cidade, e todas elas aderiram à greve. Todos os alunos foram avisados com antecedência e não compareceram nas unidades.

 

No Liceu, todos os portões estavam trancados. De longe, foi possível notar apenas o vigilante no local.

 

Já no Médici e Nilo Póvoas, apesar da greve, alguns profissionais da diretoria e secretaria encontravam-se trabalhando.

 

A diretora do Médici, Elina Padilha Fernandes, afirmou que apoia a greve como professora, mas disse que como gestora, não enxerga a paralisação com bons olhos.

 

“É realmente um dilema. Como professora, apoio a greve, pois é um direito que inclusive já foi conquistado lá atrás em outra greve, mas que não está sendo cumprido", disse.

 

"Como gestora, porém, não é interessante, tendo em vista o descumprimento do calendário

Alair Ribeiro/MidiaNews

Escola Estadual Nilo Povoas

A Escola Lino Póvoas também aderiu à greve

escolar. Além disso, há toda uma preocupação com os alunos do terceiro ano que vão prestar o Enem [Exame Nacional de Médio] em novembro. Esperamos que tudo se resolva o mais rápido possível”, afirmou. 

 

Manifestação

 

O diretor do Sintep, Henrique Lopes informou que a categoria se prepara para uma manifestação em frente à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), às 14h.

 

Para ele, o primeiro dia de movimento já começou forte e tem tudo para crescer nos próximos dias.

 

“Os números demostram que mais de 90% das escolas de Cuiabá aderiram. Apenas algumas escolas na periferia e outras especiais estão funcionando”, disse.

 

Segundo ele,  o sindicato ainda contabiliza o total de escolas paralisadas no interior do Estado. 

 

“Mas com certeza a adesão deve aumentar nos próximos dias e o Governo terá que sentar com a categoria para construir um acordo. Nossa greve não é por motivo banal, queremos que o Governo apenas cumpra a lei”, pontuou.

 

 

 

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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edson  27.05.19 19h19
pede demissao....vai para iniciativa privada.....ta muito bom aqui...vem!!!!!
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Augusto Cesar  27.05.19 17h51
Sabemos que estamos vivendo um momento difícil. Mas que este momento não recaia somente aos servidores do executivo. Somos trabalhadores que tem família e contas a pagar. Sou a favor desta luta pelos nossos direitos garantidos em Lei. E se é Lei que se cumpra todos nossos direitos. Somente isso.
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Carlos  27.05.19 14h49
Sem aulas, sem pagamento. Todos vão ter contribuir para as mudanças em MT e no Brasil, inclusive os Professores.
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Nivaldo A.R. Camargo  27.05.19 14h28
Reconheço o direito de greve, Professores sempre foram deixado de lado. Porem no momento quem esta empregado, deve agradecer a Deus, Agora vir reividicar aumento acima da inflaçao, só porque um Governador concedeu? Venha aqui fora matar um Leao por dia para ver de perto o que é dificuldade.
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joao bosco cardoso  27.05.19 11h26
parabens professores - kd os restantes dos sindicatos que compoe o forum sindical......sou servidor tambem do estado e tambem tenho e temos o direito ao que e revindicado....
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