Soldados do Exército usaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar caminhoneiros em greve no final da tarde desta terça-feira (29) no Distrito Industrial, em Cuiabá.
Os manifestantes, que estão mobilizados há nove dias, deitaram nas pistas da BR-364 na tentativa de impedir a passagem de caminhões que chegavam à Capital escoltados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Exército.
Em vídeos divulgados pelo site RDNews, é possível ouvir os tiros disparados contra os manifestantes.
Segundo informações da PRF repassadas à reportagem, o comboio chegou ao Distrito Industrial com nove caminhões e, apesar da resistência e da confusão, todos os veículos passaram.
Ainda conforme a Polícia Rodoviária, existe uma decisão judicial determinando que as vias não podem ser obstruídas pelos manifestantes.
Os caminhões saíram de Rondonópolis nesta manhã e, já no início da viagem, tiveram que enfrentar uma forte reação dos grevistas. Alguns veículos foram impedidos de seguir viagem.
O ponto bloqueado pelos manifestantes no Município, o chamado Trevão, é importante para o escoamento de cargas em Mato Grosso, uma vez que liga duas importantes rodovias: BR-163 e a BR-364.
Na passagem por Jaciara (140 km de Cuiabá), também houve confronto entre manifestantes e o Exército. Bombas de gás lacrimogêneo também foram empregadas.
Veja Vídeos
Escolta
Nesta manhã, ao menos 80 veículos conseguiram vencer os bloqueios. A Polícia estima que outros 500 aguardam por escolta.
A PRF informou que ainda não estão sendo aplicadas multas, nem outras medidas punitivas. No entanto, sob orientação do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, existe essa possibilidade.
A PRF continuará a executar a escolta de outros veículos.
Em Mato Grosso, são 27 pontos de paralisação nas rodovias federais.
O protesto teve início na segunda-feira (21) e é contra os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel, o que estaria tirando a rentabilidade do setor.
A manifestação se mantém, mesmo após mais uma tentativa do presidente Michel Temer, que anunciou novas medidas contemplando reivindicações da categoria.
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34 Comentário(s).
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PedroF 31.05.18 04h34 | ||||
Lendo os comentários, dá pra perceber que a população, ao invés de se unir (cobrar seus direitos de ter uma vida digna), preferem se ferrar. Se em qualquer segmento ficar inviável o trabalho por causa de excesso de impostos e falta de competitividade, qualquer um vai começar a desesperar.... Mas como não é com eles (é com caminhoneiros), foda-se. Pode sentar a lenha! É de um egoísmo e falta de empatia sem tamanho | ||||
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mario 30.05.18 17h05 |
mario, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |
Silas Caram 30.05.18 15h45 | ||||
Intervenção militar concluída com sucesso. | ||||
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ernestina messias da silva 30.05.18 13h02 | ||||
já deu, até há pouco eu apoiava essas manifestações, mas agora virou bagunça eu tenho funcionários e compromissos para cumprir, preciso trabalhar e desde a semana passada estamos sem flores na nossa loja. | ||||
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João Batista 30.05.18 11h50 | ||||
Esses que têm perturbado o mundo chegaram também aqui. O mundo não é feito do visível, mas do que é invisível também. Esse espirito está nos corações de muitos e não é só aqui é no planeta. Vai ter mais; mas da onde virá? | ||||
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