LEANDRO NASCIMENTO
G1/MT
A Usina Termelétrica de Cuiabá - Mário Covas - começou a operar com capacidade máxima de 480 Megawatts/hora em função de um pedido do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para garantir a estabilidade energética em Mato Grosso, evitar interrupções e ainda reforçar a produção brasileira.
O volume corresponde a até 60% da demanda total de energia do estado, segundo o diretor-presidente da Empresa Produtora de Energia (Pantanal Energia), Fábio Garcia. No Brasil, as usinas hidrelétricas representam até 80% da matriz energética, mas em épocas em que os níveis de água dos reservatórios reduzem pela falta de chuva, o governo aciona outras geradoras como forma de complementar a atividade.
Ainda neste mês de agosto, a termelétrica também foi acionada para reforçar a produção. "Começamos gerando a capacidade de 150 megawatts. Quando o nível dos reservatórios baixa, Mato Grosso passa a ser gerador de energia e há um aumento da demanda em função do calor", pontou o Garcia.
A Usina Mário Covas está localizada na área consumidora da Baixada Cuiabana e sua energia é entregue nas três principais subestações desta região (CPA, Coxipó e Várzea Grande).
"Começamos atendendo a um problema de segurança energética em Cuiabá", acrescentou ainda o representante, em entrevista ao G1.
O funcionamento da Usina em capacidade máxima para agregar capacidade de geração ao Sistema Interligado Nacional (SIN), dependerá de revisões semanais, lembra ainda o diretor-presidente da Pantanal Energia, Fábio Garcia.
Em setembro do ano passado a Usina Termelétrica começou a gerar 240 megawatts de energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN) após ser assinado contrato de fornecimento de gás natural boliviano. A solenidade ocorreu no Rio de Janeiro com representantes do país vizinho e do Brasil.
O contrato previa o envio de 2,2 milhões de metros cúbicos de gás natural para a térmica. De acordo com a Pantanal Energia, para gerar 240 MW, que corresponde a metade da capacidade de geração da Usina de Cuiabá, o consumo chega a 1,2 milhão de metros cúbicos de gás por dia.
O empreendimento está avaliado em aproximadamente US$ 750 milhões e é considerado o maior no segmento industrial do estado.