O governador Mauro Mendes (União) reafirmou, nesta terça-feira (4), seu apoio ao vice Otaviano Pivetta (Republicanos) como seu sucessor no Palácio Paiaguás.

Em entrevista à rádio Capital FM, Mendes comentou sobre os impactos que a reforma tributária pode trazer ao Estado, estimando prejuízo de cerca de R$ 8 bilhões anuais. Segundo ele, apenas uma liderança “honesta e competente” poderá evitar um colapso fiscal.
“O Congresso Nacional aprovou [a reforma] e ela é muito ruim para o Estado, porque tira nossa capacidade de continuar investindo nos próximos anos. Por isso, se até lá não tivermos muito juízo na escolha do nosso governador, e ele não for um cara sério, honesto e competente, Mato Grosso quebra até lá ou quebra em 2033”, afirmou.
O ano citado por Mendes é quando a reforma começará a valer de forma integral e definitiva.
O governador lembrou que Pivetta está no governo desde o início de sua gestão, como vice, e já foi prefeito de Lucas do Rio Verde por três mandatos (1997-2004 e 2013-2016).
“Eu defendo o nome do Otaviano Pivetta. [...] Olha a qualidade de Lucas do Rio Verde, que ele ajudou a construir. Pessoa séria, honesta, um empresário. Não precisa ficar aí, como muitos, na política para fazer o ‘rame-rame’ e ganhar uns trocos”, declarou.
“É uma pessoa séria e honesta e já mostrou competência quando foi prefeito por três vezes e, como vice-governador, tem ajudado muito. É o que eu defendo. Mas a escolha não é minha. Eu terei apenas um voto”, completou.
“Preço da incompetência”
Mendes afirmou que vê em Pivetta o perfil necessário para manter o Estado equilibrado e em crescimento, como ocorre desde os primeiros anos de sua gestão. Para justificar, citou problemas vividos no período das gestões Silval Barbosa (2010-2015) e Pedro Taques (2015-2019).
“Quem vai continuar tocando Mato Grosso? O que posso dizer é: nos últimos anos já vimos Mato Grosso ser roubado, já vimos o preço da incompetência, de gente incompetente. A saúde virou um caos, a infraestrutura parou, o salário atrasou”, disse.
“O Estado de Mato Grosso chegou ao cúmulo, em 2018, de viaturas da PM pararem na rua por falta de combustível. Olha que vergonha! [...] Éramos uma das piores educações do Brasil e já estamos em 8º lugar. Tudo isso é trabalho, honestidade, aplicar honestamente o dinheiro público e entregar resultado para a população”, finalizou.
Na eleição do ano que vem, Mendes deve ser candidato ao Senado Federal.
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