O adolescente R. L. S., 16, réu confesso do estupro de uma menina de dois anos, em Sinop (500 km ao Norte da Capital), foi transferido ontem (16) para o Complexo Pomeri, em Cuiabá. O local é um centro sócioeducativo destinado a menores infratores.
O pedido foi feito pela Polícia Civil e autorizado pela juíza Giovana Pasqual de Mello. O delegado responsável pelo caso, Joacir Batista dos Reis, já havia solicitado ao Ministério Público Estadual (MPE) prolongamento da internação do menor.
Desde o crime, no dia 9 deste mês, R. L. S. estava preso em uma cela especial da Delegacia Regional de Sinop, que não possui local específico para crianças e adolescentes. Na ocasião, o delegado afirmou ao MidiaNews que o menor deverá responder por ato infracional análogo a estupro de vulnerável.
Em seu depoimento, o jovem descreveu à Polícia detalhes da ação. R. L. S. ficou cuidando da criança quando o pai saiu para o trabalho e a mãe para fazer compras em um mercado, distante 2 km de casa.
No relato, o menor afirmou que deu um banho na criança, em seguida amarrou a menina com fios de telefone, a violentou, usando camisinha. A criança sofreu estupro anal e vaginal. Depois do crime, o adolescente deu outro banho na criança.
Quando os pais chegaram em casa, a criança começou a chorar e a mostrar o adolescente, que foi embora. A mãe notou que a calcinha da filha estava suja de sangue e chamou a Polícia Militar, que prendeu o menor minutos depois.
A Polícia Militar de Sinop não soube informar por quanto tempo o menor ficará no Complexo do Pomeri.
O local, que funciona no bairro Carumbé, apesar de ser para reeducar menores, tem extenso histórico marcado por atos de violência.
No ano passado, um menor foi estuprado no interior do centro.
Em novembro de 2010, o Complexo palco de mais um assassinato entre os internos. Cinco adolescentes foram acusados de executar Sandro Roberto Dias Brusolo, 17, com 47 golpes de chuços - armas artesanais confeccionadas com pedaços de metais.