Mais de 24% das mulheres adultas em Cuiabá sofrem de hipertensão, segundo pesquisa nacional divulgada ontem, Dia Nacional da Prevenção e Controle da Hipertensão Arterial, pelo Ministério da Saúde. O número não coloca a cidade entre as piores ou melhores situações em termos de saúde na comparação com as outras capitais, mas não deixa de refletir a tendência atual geral no país: entre as mulheres, os índices de hipertensão estão superando os dos homens.
Enquanto 24,6% das mulheres que responderam à pesquisa em Cuiabá admitiram sofrer de hipertensão, apenas 19,2% dos homens entrevistados na cidade disseram o mesmo. Ente as 26 capitais do país e o Distrito Federal, isso coloca Cuiabá na 13ª posição no ranking feminino de índices de hipertensão, atrás de Campo Grande (MS) e à frente de Teresina (PI). No ranking masculino, a Capital está na 15ª posição, perdendo para Rio Branco (AC) e superando o percentual registrado em Aracaju (SE).
Em todo o país, a média do percentual de homens com hipertensão foi de 20,7%, enquanto a de mulheres foi de 25,5%. Em geral, 23,3% da população sofre da doença. Este índice, em 2006 (quando a primeira pesquisa da série foi realizada), era de 21,6%.
Os dados, referentes ao ano de 2010, foram colhidos por meio de entrevistas telefônicas e fazem parte do levantamento da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente desde 2006 pelo Ministério da Saúde. No caso, foram entrevistados 54.339 adultos.
Se no país a hipertensão arterial geralmente acomete 25% da população, entre pessoas a partir dos 50 anos de idade este índice dobra. E a doença é capaz de prejudicar seriamente a qualidade de vida, como a de Maria do Perpétuo Socorro da Silva Gonçalves, 61 anos, que desde o ano passado está passando por um processo de recuperação. Há um ano, ela relata que sofria de cansaço extremo, falta de ar e estranhas pontadas no peito que, de tão fortes, impediam-na de caminhar.
"Aquilo estava me levando à loucura", conta, mencionando que um médico chegou a dizer que ela estava com 95% das veias entupidas. Agora, depois de cirurgias e uma radical mudança nos hábitos de alimentação (menos sal, gordura, ente outros), ela se dedica a contragosto a caminhadas até três vezes por semana.
Para quem passa por situação semelhante, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente os medicamentos necessários para o controle da hipertensão. O programa Aqui Tem Farmácia Popular, do governo federal, também ampliou a gratuidade de medicamentos para hipertensos. São mais de 15 mil farmácias e drogarias conveniadas. Os serviços de saúde e as equipes de Saúde da Família estão orientados e capacitados para atuar na prevenção da hipertensão.
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