A empresa que assumiu a administração do Jardim Cuiabá, desde as primeiras horas desta sexta-feira (20), anunciou a suspensão temporária do atendimento de pacientes de oito planos de saúde.
O comunicado da Importadora e Exportadora Jardim Cuiabá foi afixado em uma parede da unidade médica na manhã de hoje.
Os planos cujos atendimentos estão suspensos são: MT Saúde, Amil, Bradesco Seguros, Cassi, Economy Brasil, ServSaúde, Saúde Caixa e Sulamérica.
A Importadora assumiu a administração da unidade em razão de ter obtido decisão favorável do Tribunal de Justiça em uma ação de rescisão do contratual de arrendamento que mantinha com a empresa Hospital Jardim Cuiabá, que até então administrava a estrutura.
A mudança na administração tem sido conturbada. Na última quarta-feira (18), uma audiência entre as partes terminou em bate-boca. Na quinta, uma confusão entre representantes das duas partes precisou da intervenção policial.
A reportagem do MidiaNews esteve no hospital na manhã desta sexta-feira. Apesar dos problemas jurídicos, a movimentação na unidade médica era normal.
Histórico
A disputa remonta a 2003, quando as duas partes assinaram um contrato em que a Importadora arrendava a estrutura hospitalar para a Jardim Cuiabá.
O contrato foi assinado porque, segundo a defesa da empresa Hospital Jardim Cuiabá, em 2003 as dívidas da unidade chegavam a R$ 100 milhões em valores atualizados, tornando a unidade financeiramente inviável. Assim, criou-se uma segunda empresa, que se dispôs a assumir as dívidas da antiga administradora.
Conforme o advogado, somente com o Banco do Brasil a dívida chegava a cerca de R$ 50 milhões em valores atualizados.
Em 2008, as duas partes assinaram um aditivo ao contrato, pelo qual ratificaram que “o valor mensal do arrendamento pago pela arrendatária à arrendadora deverá ser integralmente utilizado pela arrendatária para que, em nome da errendora, amortizar todas e quaisquer dívidas da arrendadora, inclusive, mas não exclusivamente de natureza tributária, segundo que se os valores amortizados forem superiores ao devido pelo arrendamento e no prazo do arrendamento, o excedente, devidamente atualizado pelo INPC, servirá como pagamento do valor do arrendamento após a amortizações e até a completa compensação”.
Em 2015, os arrendadores entraram com uma ação para rescindir o contrato alegando que o valor do arrendamento “afigura-se demasiadamente ínfimo e muito aquém de mercado”; que a arrendatária “sacrificou” bens da arrendadora; além do não-pagamento de parte dos aluguéis mensais de R$ 60 mil.
Em março, o Tribunal de Justiça decidiu a favor da Importadora, dando prazo para a Jardim Cuiabá deixar a unidade médica.
Leia o comunicado dos novos administradores:
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2 Comentário(s).
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Sueli Campos 21.04.18 15h07 | ||||
Então fecha as portas. Porque vão vai atender maus nada. E o povo de convênio que sofre. | ||||
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Willian 21.04.18 11h55 |
Willian , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas |