Cuiabá, Segunda-Feira, 23 de Junho de 2025
OURO NA MALA
27.03.2015 | 22h00 Tamanho do texto A- A+

PF prende bilionário austríaco no Aeroporto Marechal Rondon

Werner Rydl foi detido quando embarcava; advogado vai pedir liberdade

Reprodução

O bilionário Werner Rydl, que está na sede da PF em Cuiabá

O bilionário Werner Rydl, que está na sede da PF em Cuiabá

LUCAS RODRIGUES
DO MIDIAJUR
O bilionário austríaco Werner Rydl foi preso em flagrante por agentes da Polícia Federal no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, portando uma barra de ouro na mala.
A prisão ocorreu na tarde desta sexta-feira (27). Ele está detido na Superintendência da PF, em Cuiabá.

Veículos de imprensa da Europa já o classificaram como o "inimigo público número 1 da Áustria".

Werner Rydl, que pretendia embarcar para Santarém (PA), é dono de uma fortuna declarada de 120 toneladas de ouro, o equivalente a R$ 19 bilhões.

O transporte de ouro não declarado constitui crime de usurpação de bens da união - e pode resultar em pena de 1 a 5 anos de prisão.

O advogado do bilionário, André Prieto, afirmou que ainda hoje irá entrar com um pedido de liberdade na Justiça Federal de Cuiabá.

“O meu cliente preenche os requisitos para responder em liberdade, pois não possui nenhuma condenação e tem como comprovar a origem do ouro”, disse ao MidiaJur.

Conforme Prieto, o bilionário atualmente mora em Ponta do Mel, em Pernambuco, mas já esteve várias vezes em Cuiabá, onde tem amigos e também realiza negócios.

Escândalo na Áustria


O advogado André Prieto, que pedirá liberdade ao austríaco

O bilionário Werner Rydl é protagonista de um dos maiores escândalos de evasão fiscal da história austríaca.

Nos anos 1990, ele conseguiu sonegar mais de 116 milhões de euros em impostos.

Em 1995, Werner se mudou para uma vila de pescadores próxima a Recife (PE). Se casou e conseguiu nacionalidade brasileira.

Aqui no país, começou a trabalhar com comércio de ouro e se tornou o maior detentor individual de ouro do Brasil.

Dez anos depois, foi preso e transferido ao Presídio da Papuda, em Brasília, onde permaneceu até 2009, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) o deportou de volta à Áustria.

Werner Rydl então foi julgado pelos tribunais austríacos, mas como a maioria dos crimes já tinha prescrito, cumpriu pena de três meses e voltou ao Brasil, em 2013.

No entanto, ele só foi reconhecido como cidadão brasileiro em 3 de fevereiro deste ano. Nesta data, o ministro da Justiça Eduardo Cardozo revogou a portaria que o havia expulsado do país.

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COMENTÁRIOS
13 Comentário(s).

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RICARDO BASSO  30.03.15 10h35
Gostei desse cara, pois onde ele põe a mão vira ouro....rsrs. Deixa o cara empreender no Brasil, aplicando a ele nossa carga de imposto de renda de quase 30% e, eventualmente, o imposto sobre grandes fortunas, afinal, o ouro é Brasileiro...aliviando o repuxe sobre a Petrobrás...kkk...
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Reverton  30.03.15 08h50
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Henrique  28.03.15 21h10
Mas o André Prieto não é aquele defensor?....
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marcos alvarenga  28.03.15 14h32
marcos alvarenga, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Angelo   28.03.15 14h24
Angelo , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas