Membro da Polícia Militar de Mato Grosso há 25 anos, o primeiro-sargento Odenil Alves Pedroso, de 47, foi descrito como uma pessoa idônea, séria e comprometida com o trabalho, querida por colegas de farda e pela comunidade em que atuava.
Segundo o tenente-coronel Martins Júnior, comandante do 3º Batalhão, unidade em que Odenil atuava e também onde serviu a maior parte da vida, disse que não há “nada que possa macular a imagem dele”.
O sargento Odenil foi assassinado com um tiro na cabeça nesta terça-feira (28), enquanto fazia a segurança da UPA da Morada do Ouro.
No momento em que foi atingido, o militar estava em uma lanchonete em frente à unidade de saúde. Um homem então se aproximou dele, atirou, roubou a sua arma e fugiu.
“Eu assumi o comando do 3º Batalhão em janeiro de 2024 e pelo pouco contato que tive com o sargento, ele aparentava ser uma pessoa pacata, tranquila. Não há nenhuma informação de algo que pudesse desabonar a conduta dele. Sempre foi um policial que trabalhou da melhor forma possível”, afirmou o comandante.
Conforme Martins, dos 25 anos de corporação, o sargento Odenil trabalhou a maior parte do tempo na companhia do Três Barras do 3º Batalhão, fazendo a patrulha rural na região que compreende a Ponte de Ferro e Coxipó do Ouro.
“Um profissional que sempre apresentou um bom comportamento, uma pessoa mais séria, mais pacata, mas que era muito bem quista por todo o efetivo do 3º Batalhão. O pessoal gostava muito dele, tanto os coletas quanto a comunidade que ele atendia”.
“Não só nós do 3º Batalhão, mas toda a Polícia Militar, estamos tristes com a situação. Era um policial que estava trabalhando, prestando serviço para a comunidade e teve a vida ceifada dessa forma”, acrescentou.
O sargento Odenil era casado e pai de três filhos: uma jovem de 24 anos, um menino de 15 e a caçula de apenas 5 anos.
Comoção nas redes
Nas redes sociais o caso gerou comoção e revolta pela forma com que a morte aconteceu.
“Meus sentimentos aos familiares desse nobre guerreiro, que os criminosos paguem caro por essa covardia”, dizia uma das publicações.
“Que Deus tenha um bom lugar pra você e tenho certeza que quem atirou vai pagar pelo fez e vai pagar muito caro. Meu coração chora sua partida, amigo”, dizia a mensagem de um colega de farda.
Até mesmo quem não conhecia o sargento se comoveu com a covardia. “Que Deus o tenha no céu, ele estava protegendo a população. Eu queria a pena de morte para quem faz uma coisa dessas com um pai de família ou outra pessoa do bem”.
Autoridades da segurança pública e políticas também usaram as redes para lamentar a morte.
“Situação revoltante que aconteceu em Cuiabá, nesta terça-feira, e nos deixou consternados. O sargento Odenil era o meu irmão de farda e de turma, quando nos formamos em 1998”, disse o deputado estadual Elizeu Nascimento.
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1 Comentário(s).
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Oscar 29.05.24 17h01 | ||||
A polícia é a última barreira que protege o cidadão de bem contra o caos que os marginais tentam instalar para subjugar o cidaão trabalhador. Estão tentando derrubar essa muralha, mas ao contrário do que pensam, apenas deixam os agentes de segurança mais fortes, determinados e unidos. | ||||
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