Professores da rede estadual aprovam greve a partir de segunda
Profissionais de 105 cidades de Mato Grosso votaram a favor da paralisação por tempo indeterminado
Alair Ribeiro/MidiaNews
Profissionais participaram de assembleia no auditório da Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá
BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO
Os professores da rede pública de Mato Grosso decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir da próxima segunda-feira (27). Ao todo, 105 municípios aderiram à greve.
A decisão pela paralisação das atividades na Educação foi tomada pela maioria dos profissionais nesta nesta segunda-feira (20), em uma assembleia que ocorreu no auditório da Escola Estadual Presidente Médici, em Cuiabá.
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) aponta que a greve é resultado das ações do governo em relação à Revisão Geral Anual (RGA), ao escalonamento salarial e ao descumprimento da Lei da Dobra do Poder de Compra.
A lei, aprovada em 2013, dá direito a cerca de 7% a mais anualmente na remuneração dos professores, além da RGA, durante 10 anos.
Na semana passada, o Secretário de Gestão Basílio Bezerra afirmou que o Estado está com dificuldades em cumprir a lei.
No entanto, segundo o secretário das redes municipais do Sintep, Henrique Lopes, os profissionais avaliam que o Governo do Estado está agindo em uma tentativa de desmonte da Educação.
“O Governo nos enviou um documento falando da dificuldade de cumprir a Lei da Dobra de Poder de Compra. Mas nós sabemos que isso é por má administração por parte do Governo”, disse.
O sindicato ainda afirma que a Educação de Mato Grosso está sofrendo com a falta de investimentos e cobra qualidade de infraestrutura nas escolas.
“A Educação de Mato Grosso está indo mal por causa da falta de investimento. Tem aluno estudando em escola de lata. O governo esquece que é obrigado a investir na Educação”, declarou Henrique.
Após a deflagração da greve, os professores deram início a uma passeata até a Praça Alencastro, no Centro de Cuiabá.
Veja os momentos após a deflagração da greve:
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Que a educação é a base da sociedade não se pode negar. Que temos razão de lutar pelos nossos direitos também é fato. No entanto, o que acontece com a maioria dos profissionais da educação em MT é um certo abuso. Todos os dias é mobilização, paralização ou greve e sabemos que 80% desses movimentos e atos são políticos e não tem nada a haver com a chamada “luta pela educação”. Nada contra a politica, pelo contrário, até porque entendo que não existe democracia sem a politica e pra ela ser forte e saudável é necessário a política sim, mas não a politicagem e o que se percebesse é que basta não gostarem de algum governante que ai já é motivo de atos e paralizações e tudo em nome da boa educação. Não acredito que é somente para os profissionais da educação que as coisas não estão ótimas porque não vejo outra categoria fazendo tanto movimento assim. Penso que como profissionais que são, estão na hora de parar com essa politicagem e lutar de verdade por uma educação de qualidade tanto para quem faz a educação, que são eles mesmos, quanto para quem recebe a educação, os alunos. Lutar sempre pelos seus direitos é saudável, mas precisam parar de olhar só para o próprio umbigo porque se não existem aulas sem professores, mas também não existem professores sem alunos.
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JAIME NERY 23.05.19 16h39
REIVINDICAÇÃO DOS INTERINOS
1. CONTRATO DE DOIS ANOS COM INTERINO.
2. SÓ FINALIZAR O CONTRATO DO INTERINO QUANDO TIVE UM CONCURSADO PARA ASSUMIR A VAGA NÃO TENDO O INTERINO PERMANECE NA ESCOLA CUMPRIDO SUA FUNÇÃO DE PROFESSOR E CONTRATO SEJA RENOVADO AUTOMATICAMENTE PELAS NECESSIDADES.
3. ASSINA CARTEIRA DE TRABALHOS DIREITO AO FGTS.
4. O FIM DE CONTRATO MEDÍOCRE QUE RETIRA A ESTABILIDADE DO INTERINO.
5. A ADEQUAÇÃO DE HORAS NAS ESCOLAS PARA OS PROFESSORES NÃO TENHA QUE DAR UMA AULA O ULTIMO PERÍODO NAS ESCOLAS. (PARA QUE AS AULAS NÃO SEJA PICADAS).
PROFESSOR: JAIME NERY PEREIRA DA COSTA
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Aloisio 23.05.19 14h03
É preciso valorizar os professores, afinal todas as profissões passam pelo professor, nos países onde é valorizado o a educação é bem melhor.
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Sandro 20.05.19 17h51
Precisa acabar logo com a instabilidade dos servidores publicos, ai quero ver greve. E saude fica onde? Vão quebrar o Estado
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samuel pereira 20.05.19 17h27
Infelizmente a educação no Brasil não é valorizada por culpa exclusiva de alguns professores. Essa maioria político partidária prefere brigar por questão política do que por melhoras de fato na estrutura de educação.
