O Karatê vem despertando a atenção de desportistas na medida em que as seletivas, nos Estados, para determinar as delegações que virão a Mato Grosso para disputar o campeonato nacional chegam a seu final.
E, com entusiasmo, os atletas mais jovens começam a contar as histórias pessoais vivenciadas nesse esporte quando são, algumas vezes, interrompidos pelos seus instrutores para manterem a humildade nas eventuais conquistas do momento para compreenderem que a história do Karatê é mais comprida do que parece.
Japão: berço do karatê moderno
Nem saído de livros, foi.
A história do karatê foi transmitida de geração em geração pelos japoneses cujo apogeu coincide com as vitórias obtidas pelos samurais que, para permanecerem no poder, mantinham escolas de aprestamento para homens e mulheres dispostos a defender territórios de qualquer tipo de intrusão o que valeu, inclusive, para o próprio Japão.
Manter uma tropa disciplinada, com higidez física, retidão moral e capacidade de reação era um imperativo de sobrevivência daí a iniciação logo cedo nas artes marciais.
Defender-se e atacar de forma mortal, até mesmo sem armas, era um imperativo de sobrevivência e daí a concepção, desenvolvimento e a busca da melhor condição física e habilidades de luta, foi, aos poucos, se convertendo em modalidades de aprestamento das tropas e, posteriormente, em esportes com disputas coletivas.
É uma tradição milenária e as conformações das lutas foram acontecendo através do tempo.
O karatê moderno, teve, portanto, origem no Japão do pós-guerra e se mantém atual e em permanente evolução.
O esporte se difundiu, conquistou adeptos mundo afora e se transformou num esporte praticado mundialmente mesmo sob variações.
Karatê-dô tradicional no Brasil
A migração japonesa, iniciada no século XIX, trouxe parte desse aprendizado que, pelo despertar do interesse, incentivou as escolas de aprendizado a buscarem os “mestres” para se aperfeiçoarem e conquistarem posições de disputa.
E foi assim que o karatê-dô também encantou o público feminino a ponto de empolgar a equipe feminina que, através do sensei José Humberto de Souza e o aprendizado com o mestre Hiroshi Shirai, ousou preparar uma equipe para disputar o campeonato mundial italiano.
As atletas mato-grossenses, mais preparadas em 1994, foram representar o Brasil na modalidade de “Kata Equipe Feminino”, conquistando uma medalha de ouro, inédita, então, para o nosso país.
Essa pode ser uma história antiga a explicar a identidade que os brasileiros e, em especial os mato-grossenses, têm com o Karatê-dô tradicional e, aqui no Estado, com a sua Academia mais representativa, a Shotokan, com a imensa responsabilidade de conduzir, com o apoio do Fundo para o Desenvolvimento de Esportes e de empresas parceiras que investem no Campeonato Nacional que começa na quinta-feira, dia 14, às 19:00 horas no Ginásio Aecim Tocantins, com a abertura solene da disputa.
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