Cuiabá, Terça-Feira, 9 de Setembro de 2025
POLICIA BANDIDA
17.02.2011 | 16h15 Tamanho do texto A- A+

Vazamento de informações provocou do hotel de luxo

Policiais teriam montado operação no Tabajaras para 'ajudar' traficantes

R7

Um dos supostos vazamentos de informação de operações policiais que está sendo investigado pela PF (Polícia Federal) teria resultado na invasão de traficantes ao hotel Intercontinental, na zona sul do Rio de Janeiro, em agosto do ano passado.
 
Segundo fontes da polícia fluminense, na época, a PF alertou a polícia do Rio sobre a localização exata do chefão do tráfico na favela da Rocinha, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que estava em um baile funk no vizinho morro do Vidigal, participando da festa de um comparsa conhecido como 99.
 
De acordo com o relato de um agente, foi montada uma operação para prendê-lo mas, ao mesmo tempo, Nem teria sido avisado por um policial sobre a ação e decidiu deixar o Vidigal. Um bonde com mais de 70 traficantes, em vários carros e motocicletas, deixou a favela em direção à Rocinha fazendo a escolta do bandido.
 
Entretanto, parte dos traficantes bateu de frente com uma viatura da PM e houve troca de tiros. Em seguida, vários criminosos invadiram o Intercontinental para fugir da polícia e fizeram hóspedes e funcionários de reféns. 
 
Segundo uma fonte ouvida pelo R7, Nem teria combinado com um grupo de PMs que sairia do Vidigal em um determinado horário e não haveria cerco para capturá-lo. Entretanto, o tempo extrapolou e esses policiais foram substituídos por outros no patrulhamento das ruas, sendo que estes não tinham acerto com o traficante e acabaram trocando tiros com os bandidos.
 
Dez traficantes que invadiram o Intercontinental acabaram presos e foram transferidos para presídios federais, fora do Estado. Nem conseguiu escapar ao cerco e chegou à Rocinha por meio de um condomínio.

"Mesada" para policiais
 
De acordo com um policial, Nem pagava R$ 60 mil semanais a um batalhão da PM, R$ 100 mil para uma delegacia e R$ 350 mil para policiais de alto escalão. A "mesada" teria sido cortada pouco antes da ocupação no Complexo de Favelas do Alemão.
 
Os serviços de Inteligência da polícia do Rio também receberam informações de que, em 2009, Nem teria dado dinheiro a agentes de uma delegacia especializada para montar uma operação na comunidade Ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, na zona sul, com o objetivo de enfraquecer o tráfico no local e permitir a invasão de sua quadrilha. Na mesma época, os traficantes da Rocinha tentaram tomar o controle dos pontos de vendas de drogas da favela, mas não conseguiram.
 
A polícia também recebeu denúncias de que o traficante Patrick Salgado de Oliveira, o Patrick do Vidigal, expulso quando a quadrilha de Nem ocupou Vidigal, pagou propina a PMs para que fosse organizada uma operação no morro afim de expulsar o grupo. Patrick está preso atualmente.

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