Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
CADEIRAS DA ARENA
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Empresa alega quebra de contrato e pode pedir indenização

Kango diz que já fabricou 50% dos assentos da Arena Pantanal

Pedro Alves/MidiaNews

Murilo Habitzreuter, representante da Kango: "Obra do estádio será ainda mais cara"

Murilo Habitzreuter, representante da Kango: "Obra do estádio será ainda mais cara"

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
A Kango Brasil Ltda. ameaça entrar na Justiça, mais uma vez, contra o Governo do Estado. Dessa vez, a empresa que venceu a primeira licitação feita para compra das cadeiras da Arena Pantanal deverá pedir o pagamento de uma indenização devido ao cancelamento do contrato, alegando já ter iniciado a produção do material quando o certame foi anulado.

A possibilidade foi admitida pelo representante da empresa, Murilo Adalberto Habitzreuter, durante a realização, nesta terça-feira (22), do pregão presencial para escolha da nova empresa que seria responsável pela produção e instalação dos 45 mil assentos do estádio de Cuiabá.

De acordo com Habitzreuter, a empresa já havia concluído 50% do contrato firmado com a pasta, no valor de R$ 19 milhões, quando foi informada do cancelamento do certame, razão pela qual deve acionar a Justiça.

“Se pagar a indenização à Kango e ainda o contrato com a outra empresa, a obra do estádio será ainda mais cara do que o previsto”, afirmou.

O secretário da Copa, Maurício Guimarães, disse que se trata apenas de "suposições" da Kango e que o Estado irá buscar “todos os meios possíveis para se defender”.

"Se pagar a indenização à Kango e ainda o contrato com a outra empresa, a obra do estádio será ainda mais cara do que o previsto"

“A Kango deve pedir ressarcimento e está no direito dela. Mas ,esclareço que quando você torna um processo nulo, não há quebra de contrato. O Estado vai se defender até onde puder”, disse.

Briga na Justiça


A Kango busca, junto ao Tribunal de Justiça, reverter a decisão do Estado que anulou o contrato, tendo o pedido em caráter liminar rejeitado pela desembargadora Maria Erotides Kneip, na última sexta-feira (18).

O mérito ainda será julgado, mas foi citado como exemplo favorável, pelo secretário da Copa, de que o Estado agiu de maneira correta ao acatar as recomendações dos Ministérios Públicos Estadual e Federal, ainda que o primeiro contrato não tenha apresentado irregularidades ou indícios de superfaturamento.

Em nota oficial divulgada em seu site, a empresa rebate o argumento usado pela desembargadora, de que faltou concorrência durante a primeira licitação, devido às especificações técnicas presentes do edital, fazendo com que a Kango fosse a única participante do certame.

“Num mercado onde existem diversos concorrentes com inúmeras condenações por improbidade administrativa, por condutas inidôneas, por fraudes em outras licitações, que não detêm as certidões necessárias a participação em licitações, e onde são reiterados os casos de fornecimento de produtos fora das especificações e/ou sujeitos a ação de vândalos durante as competições esportivas, a formulação de exigências mais detalhadas de qualificação técnica e econômica não deveria ser interpretada, com todo o respeito, como restrição à competitividade , mas sim como cumprimento de exigência constitucional”, diz trecho da nota.

A empresa ainda diz lamentar o fato de ser penalizada por decisões administrativas tomadas pelo Governo do Estado, que veio a considerá-las "equivocadas" apenas após a finalização da licitação, celebração do contrato e início das obras”.

A empresa defende que a atitude do Estado apenas fez com que a obra da Arena Pantanal se atrasasse ainda mais, quando “se conduzida como planejado, já estaria em estágio avançado” e se arriscando a falhas na execução que, caso ocorram, poderão resultar em “prejuízos irreparáveis”.

Confira abaixo a íntegra da nota da Kango:


Divulgação



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8 Comentário(s).

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bruno cpa  23.10.13 10h37
bruno cpa, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
_Marcelo_  23.10.13 09h32
A questão é bem esta que o Cláudio Coutinho levantou... e na melhor das hipóteses, trata-se de uma tremenda de uma INCOMPETÊNCIA por parte do compradores, visto que estamos pagando quase o triplo se compararmos com o estádio que é o mais caro de todos.
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Carlos Coutinho  23.10.13 08h57
A questão sobre tal é a seguinte: Se de fato houve "superfaturamento" nos assentos e fica uma dúvida no ar se realmente houve, uma vez que os assentos são de uma outra qualidade a exaustivamente comparada com as do DF, a questão é; quem esta licitando os assentos será que não possui um preço como referencial? Se o edital pede uma especificação mínima tais participantes tem que atender, pois bem: se tem um preço como referencial, o porque deste preço elevado como estão dizendo. Se de fato houve superfaturamento houve na realidade uma falta de competência por parte do comprador ou então alguém esta levando uma parte são apenas duas coisas; incompetência ou corrupção, e se ninguém no bom sentido berrasse sobre o super preço, alguém estaria contente neste momento e o povo aqui na ponta como de costume no Brasil com cara de bobo.o Artigo 49 da lei 8.666/93 é bem claro sobre o cancelamento da licitação
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Eugene Praxedes  23.10.13 08h56
Eugene Praxedes, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
José Machado  23.10.13 07h49
Incrível,na Secopa só tem pessoas inexperientes e sem preparo ou será que são preparados demais? esperteza deles ou burrice dos nossos governantes e eleitores.assim não dá mais a herança vai ser difícil de carregar
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