Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
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Greve de operários pode comprometer a Arena Pantanal

Obra do estádio para a Copa em Cuiabá poderá ser paralisada, alerta sindicato

Edson Rodrigues/Secopa

Arena Pantanal: obra poderá ser paralisada com a greve dos operários da construção civil

Arena Pantanal: obra poderá ser paralisada com a greve dos operários da construção civil

LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Trabalhadores da construção civil entraram em estado de greve, nesta segunda-feira (17), em protesto pelo reajuste salarial de 7% oferecido pelo sindicato patronal durante a primeira rodada de negociações.

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios (Sintraicccm irão visitar os canteiros de obras da Capital – entre eles, a Arena Pantanal – para mobilizar os funcionários a paralisarem as atividades e reivindicarem melhores condições de trabalho.

"Iremos panfletar e chamar os trabalhadores para a luta, para protestarem contra esse aumento de apenas 7% oferecido pelas empresas"

“Iremos panfletar e chamar os trabalhadores para a luta, para protestarem contra esse aumento de apenas 7% oferecido pelas empresas. Eles negaram todos os nossos pedidos por benefícios, como cesta básica e plano de saúde. Não podemos aceitar isso”, disse o presidente do sindicato, Joaquim Santana.

De acordo com o sindicalista, a mobilização no canteiro de obras da Arena Pantanal será realizada a partir das 11h, mas a decisão de paralisar as atividades por algumas horas ou aderir à greve não será tomada pela entidade.

“Iremos apenas paralisar as atividades no canteiro durante o horário de almoço. A decisão de paralisação por mais algumas horas ou adesão à greve é dos trabalhadores”, afirmou.

Arena Pantanal


Atualmente, o canteiro de obras da Arena Pantanal conta com 1.350 operários – número que a Construtora Mendes Júnior, responsável pela obra, pretende aumentar para 1,6 mil trabalhadores nos próximos meses.

Com 70% dos serviços já finalizados, as obras do estádio se concentram, atualmente, na fase de acabamento e detalhes internos, além de montagem da cobertura e colocação do gramado, previstos para julho deste ano.

Uma paralisação dos trabalhadores nessa fase da obra poderia resultar em comprometimento do cumprimento do cronograma.

A Arena Pantanal está prevista para ser entregue em outubro deste ano.

"Iremos apenas paralisar as atividades no canteiro durante o horário de almoço. A decisão de paralisação por mais algumas horas ou adesão à greve é dos trabalhadores"

Reajuste

De acordo com Santana, o valor máximo pago a um profissional é de R$ 1.003,20.

Com o reajuste oferecido pelo Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon-MT), de 7%, esse valor subiria para R$ 1.073,65.

No caso dos serventes e auxiliares, que hoje recebem um piso salarial de R$ 743,60, o valor da remuneração subiria para R$ 797,14.

“Nós pleiteamos um aumento de 17%, que é possível de ser concedido atualmente. Com isso, o salário dos profissionais subiria para R$ 1.173,74. E o piso salarial dos serventes iria para R$ 870”, afirmou.

Movimento nacional


Os sindicatos do setor da construção querem que seja estabelecido um piso único no país. Um dos valores que se tem como base é o piso do Rio de Janeiro, de R$ 1.540,00.

Eles também cobram outros benefícios, como cesta básica; redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas sem redução de salário; aumento do percentual pago pela hora extra; redução do valor descontado no salário referente à alimentação, que hoje é de 10%, passando a ser um valor simbólico e plano de saúde.

A segunda rodada de negociação entre os sindicatos patronal e dos trabalhadores ainda não foi agendada.



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Toni Amorim  18.06.13 13h15
Que salários baixos pagam para estes operários. É muito vergonhoso isso e é por isto que faltam pessoas para trabalharem nestas obras. O salário é fraco.
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Maurício Oliveira  17.06.13 14h42
Esse operários se matam de trabalhar e somente a construtora que sai no lucro, pois os contratos com o governo estadual recebem cifras astronômicas... Devem ter sim uma comida e alojamento descentes para que a qualidade na produção do trabalho seja boa...
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Lisandro Peixoto Filho  17.06.13 11h46
Esquecram de convida-los para a passeata em apoio as inacabadas, onerosas obras para copa!!!!! Falando em passeata efetuadas em apoio a qualquer projeto governamental; quando deixarão de usar estudantes de escolas públicas a servico de políticos???
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Eduardo  17.06.13 11h45
Me desculpa, mas só vejo exigir mais e mais e mais. As vezes acho que se criou uma cultura no pais que a culpa sempre é e será de quem gera emprego. Trabalhar que é bom, todos querem menos, e mesmo assim querem ganhar mais. Por que em vez de fazer isso, invistam em treinamento, especializações, capacitação, ai sim concordo plenamente em exigir aumento. O sindicato tem dinheiro pra isso, e dinheiro que por lei não é tributado e não precisa ser declarado para que é usado, ou seja, pra onde vai?? E outra, 7% ao ano é muito mais que a inflação e o crescimento do pais!!!!
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Marcelo   17.06.13 10h39
A culpa é da greve né??? tá bom!
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