Após debate, Mendes, Lúdio e Brito trocam farpas nos bastidores

O último confronto público entre cinco dos seis candidatos a prefeito de Cuiabá, realizado pela TV Centro América (Globo/4), na noite de quinta-feira (4), teve pouco ou quase nada de acusações ou troca de farpas no ar.

Por conta do formado "engessado", foi nos bastidores que três candidatos resolveram desabafar, com acusações mútuas, conforme revela o site UOL.

"Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT), que polarizam a preferência nas intenções de votos, e Carlos Brito (PSD), que está em quarto lugar nas pesquisas, deixaram as farpas para o fim do encontro, quando fizeram críticas mútuas", diz a reportagem do jornalista Jorge Estêvão

O debate começou às 11h25 (horário de Mato Grosso) e terminou por volta de 2h30.

Depois de encerrada a transmissão, Lúdio, Mendes e Brito deram entrevistas.

Confira abaixo a reportagem do UOL (ou click AQUI):

Após debate em Cuiabá, Mendes, Lúdio e Brito trocam farpas nos bastidores

Jorge Estevão
Do UOL, em Cuiabá

O último debate entre candidatos a prefeito de Cuiabá, realizado pela TV Centro América (afiliada da TV Globo), teve poucos ou quase nada de acusações ou troca de farpas no ar. Mas foi nos bastidores que três candidatos resolveram desabafar: Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT), que polarizam a preferência nas intenções de votos, e Carlos Brito (PSD), que está em quarto lugar nas pesquisas, fizeram críticas mútuas.

O debate começou às 00h25 (horário de Brasília) e terminou por volta de 2h30. Depois de encerrada a transmissão, Lúdio, Mendes e Brito foram entrevistados por jornalista. O petista tratou de acusar os candidatos do PSB e do PSD de promoverem um verdadeiro “bate-bola”.

Lúdio se referiu às perguntas com temas previamente escolhidos ou aqueles livres, mas que a pessoa escolhida era decisão do candidato que faria pergunta. Foi assim que Brito perguntou para Mendes sobre o suposto uso da máquina pública. O petista tem como principal apoiador o governador Silval Barbosa (PMDB).

“Foi um verdadeiro ‘bate-bola’ entre eles”, disse o petista sem mencionar nomes, mas o recado tinha endereço: Mendes e Brito. Lúdio também criticou os dois adversários que têm falado em manipulação de pesquisa. “Agora falam em manipulação. Antes, não”.

Mauro Mendes, que estava próximo de Lúdio, tratou de criticar a falta de repasse de recursos do governo para a área de saúde em Cuiabá e o descredenciamento de hospitais conveniados ao MT Saúde, cuja dívida chega a R$ 32 milhões.

Mendes disse que a atitude do governo é um “desrespeito” à população de Cuiabá e aos servidores do Estado, que têm o plano de saúde estadual. “Houve desconto e esse dinheiro não foi repassado para os hospitais”. O candidato afirmou que atualmente o governo deve R$ 6 milhões de repasse para Cuiabá.

Tanto Brito quanto Mendes unificaram o discurso em relação ao apoio do governador Silval Barbosa para Lúdio Cabral. “Estou enfrentando o uso da máquina pública, tanto que hoje a Justiça reconheceu isso”. Brito se referia à decisão da juíza Gleide Bispo dos Santos, que multou o governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB), a coligação “Cuiabá Mato Grosso Brasil” (PT/PMDB) e os candidatos a prefeito e vice, Lúdio Cabral e Francisco Anis Faiad (PMDB). A multa é no valor de R$ 20 mil para cada um.

No ar, Lúdio perguntou qual seria a política de comunicação social de Brito e este respondeu que o setor é uma ferramenta de gestão e acusou o Estado de intervir por meio da Secretaria de Comunicação na campanha do petista.

Rapidamente, Lúdio afirmou que a Secretaria de Comunicação de Cuiabá, a qual Brito foi titular até antes do prazo de desincompatibilização, gastou ano passado R$ 11 milhões com publicidade e em 2012 seriam outros R$ 9 milhões. O petista afirmou que esse montante, caso seja eleito, será gasto com divulgação em atividades institucionais.

Mas coube ao candidato do PSD dar resposta intrigante. Disse que Lúdio enquanto vereador participou da aprovação da Lei Orçamentária para 2011 e 2012.

O formato do debate foi um recurso que impediu aos candidatos trocarem acusações ou farpas no ar. Foram quatro blocos com perguntas, dois com temas livres e outros dois com assuntos diversos, como educação, transporte, segurança, saúde, entre outros.