Cuiabá, Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025
PRISÃO
15.12.2016 | 14h10 Tamanho do texto A- A+

Após três horas, empresário se entrega à Justiça de Mato Grosso

Alan Malouf teve prisão preventiva decretada por juíza por supostas fraudes na Seduc

Marcus Mesquita/MidiaNews

O empresário Alan Malouf, que se entregou à Justiça

O empresário Alan Malouf, que se entregou à Justiça

DA REDAÇÃO

O empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf, se entregou à Justiça no final da tarde desta quarta-feira (14), três horas após ter sido alvo da 3ª fase da Operação Rêmora.

 

O mandado de prisão foi expedido pela juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado da Capital. Ele se apresentou à magistrada e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). De lá, ainda não foi confirmado se ele seguirá para o Centro de Custódia da Capital para a Penitenciária Central do Estado.

 

A 3ª fase da Operação Rêmora, denominada "Grão Vizir", investiga esquema de propinas e fraudes em licitações na Secretaria de Estado de Educação (Seduc).

 

Segundo apurou a reportagem, no período em que ficou "foragido", o empresário já teria definido com a sua defesa os termos de uma eventual colaboração premiada.

 

Nessa fase, o possível delator relata fatos que podem vir a fazer parte da colaboração, a ser firmada com o Ministério Público Estadual (MPE).

 

A provável delação é corroborada por recente ofício encaminhado pela defesa do empresário à juíza, em que Alan Maouf novamente se declarava aberto a colaborar com as investigações.

 

Também estão presos por conta da operação o ex-secretário de Estado de Educação, Permínio Pinto (PSDB) e o ex-servidor da Seduc, Fábio Frigeri.

 

Citado em delação

 

O decreto prisional, segundo apurou a reportagem, teve como base a delação premiada do empresário Giovani Guizardi, que estava preso desde maio e foi solto no início deste mês.

 

Em sua delação, ele confessou ter integrado o esquema e afirmou que ele e Alan Malouf arquitetaram as fraudes na Seduc. Guizardi disse que Alan investou R$ 10 milhões na campanha do governador Pedro Taques (PSDB) e, por isso, queria receber o investimento de volta por meio do esquema.

 

Guizardi contou que era o responsável por cobrar a propina dos empresários que integravam o cartel, no valor de 5% dos contratos e das medições que os mesmos tinham a receber da Seduc. Até a deflagração da operação, o esquema teria rendido R$ 1,2 milhão, de acordo com ele.

 

Desta porcentagem, segundo Guizardi, 25% eram destinados ao presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Maluf (PSDB); outros 25% para o então secretário de Educação, Permínio Pinto; 25% para o empresário Alan Malouf, sócio do Buffet Leila Malouf; 5% para o ex-servidor da Seduc, Fábio Frigeri; 5% para o também ex-servidor Wander Luis dos Reis e 10% restantes ficavam para ele.

 

Os 5% entregues a Wander seriam “a titulo de administração do esquema (combustível, telefone celulares, energia, aluguel da sala comercial no Edifício Avant Garden – onde as reuniões do grupo criminoso eram realizadas – entre outras despesas)”, disse Guizardi, em seu depoimento.

 

Em nota, a assessoria de Malouf informou que o empresário está à disposição para colaborar com a Justiça.

 

Leia a nota abaixo:

 

"Sobre a operação "Grão Vizir" realizada nesta quarta-feira (14), que teve como alvo o empresário Alan Malouf, esclarecemos que desde o primeiro momento em que seu nome foi citado nas investigações da operação "Rêmora", o empresário informou às autoridades que estava à disposição para prestar os esclarecimentos devidos.

Assim que tomou conhecimento oficialmente da operação, Alan se apresentou espontaneamente ao juízo da 7ª Vara Criminal e reiterou a disposição de colaborar na elucidação dos fatos.

Ratificamos ainda que não existe nenhum acordo de colaboração premiada sendo elaborado, conforme noticiado pela imprensa.

A defesa do empresário aguarda ter acesso aos autos para tomar as medidas cabíveis e entrar com o pedido de liberdade."


 

 

 

 

 

 

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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Rosemeire  15.12.16 10h48
Investigação pra lá investigação pra cá prende solta....tudo blz Excelente trabalho da justiça e MPE más kde o dinheiro público que não reaparece nos caixas o estado está falido. Acorda povo matogrossense!
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CLARICE  15.12.16 08h10
Parabéns Dra. Selma, excelente trabalho.
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BERNARDO  14.12.16 21h45
Se ele é o GRÃO VIZIR, quem será o SULTÃO?
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Flávio   14.12.16 21h43
Flávio , seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Paulo  14.12.16 19h47
Acredito que o grão vizir seja outro. Resta então prendê-lo; e depois cadeia ao sultão!
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