Cuiabá, Terça-Feira, 16 de Setembro de 2025
PLANTIO ILEGAL DE SOJA
11.10.2023 | 17h25 Tamanho do texto A- A+

Aprosoja, Galvan e outros 13 fazem acordo de R$ 5,4 mi com MPE

Grupo de empresários plantou oleaginosa no vazio sanitário; acordo visa acabar com disputa judicial

MidiaNews

O sojicultor Antônio Galvan, que é ex-presidente da Aprosoja Mato Grosso

O sojicultor Antônio Galvan, que é ex-presidente da Aprosoja Mato Grosso

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A Aprosoja-MT (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), o ex-presidente da entidade Antônio Galvan, a empresa Nazaré Agropecuária Ltda e doze outros produtores rurais fizeram um acordo para pagar R$ 5,4 milhões aos cofres públicos.

 

O valor consta em um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo grupo com o Ministério Público Estadual (veja na integra AQUI) em processos em que os produtores foram acusados de plantarem soja no vazio sanitário, em 2020.

 

O grupo foi alvo de 14 ações civis públicas que culminaram em condenações na Justiça de Mato Grosso. 

 

Na última determinação, o MPE ingressou com um recurso no Tribunal de Justiça de Mato Grosso para reaver o valor das condenações, e conseguiu majorar a multa em R$ 16 milhões. 

 

Para dar fim às ações, e reduzir a multa, os sojicultores firmaram o TAC com MPE. Nele, eles acordaram o pagamento dos “danos extrapatrimoniais coletivos” e ainda se comprometeram a descartar a soja proveniente do plantio irregular, no total de 44 toneladas.

 

O pagamento deverá ser realizado em duas prestações de R$ 2,7 milhões. A primeira deve ser quitada até o dia 26 de outubro e a segunda em 28 de fevereiro de 2024.

 

Assinaram o TAC os sojicultores Albino Galvan Neto, filho de Galvan, Adalverto Ceretta, Helio Gatto; Julio Cezar Bravin, Luciano Cadore, Marcos Roberto Bravin, Lucyano Wagneer Marin, Hilário Renato Piccini, Iury Piccini, Lucas Paula Braun, Ivo Braun, Julio Cesar Rorig e Junias Ronad Braun.

  

O plantio ilegal, segundo o MPE, “poderia causar riscos ambientais, sanitários e econômicos advindos, notadamente, da ameaça de disseminação da praga da ferrugem asiática (Phakopsora pachyrhizi) e o aumento das pulverizações de agrotóxico no Estado de Mato Grosso”.

 

Entenda

 

A iniciativa para flexibilizar o período de plantio da soja em Mato Grosso partiu da própria Aprosoja dentro da Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem (Amis), em dezembro de 2019.

 

A entidade alegou que na oportunidade teve autorização do Indea para realizar o plantio.

 

O Indea, por sua vez, negou ter expedido a autorização. 

 

Mesmo assim, Aprosoja, em conjunto com produtores rurais parceiros, dentre eles o presidente Antônio Galvan, efetuaram o plantio fora do período permitido.

 

O Ministério Público então entrou com a ação contra a Aprosoja e os produtores afirmando que tal atitude violava normas legais e regras fitossanitárias, colocando em risco o meio ambiente.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Justiça condena Aprosoja, impõe multa e manda "destruir" safra

 

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