Cuiabá, Quinta-Feira, 10 de Julho de 2025
DINHEIRO DO TRÁFICO
15.05.2023 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Juiz nega soltar militar reformado suspeito de lavar R$ 100 mil

Anderson dos Anjos Teixeira foi preso em janeiro do ano passado durante a Operação Mandatário

Alair Ribeiro/TJMT

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, que assina a decisão

O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, que assina a decisão

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

A Justiça de Mato Grosso negou soltar o militar reformado da Aeronáutica, Anderson dos Anjos Teixeira, acusado de lavar dinheiro do tráfico realizado pelo Comando Vermelho.

 

A decisão é assinada pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e foi publicada nesta sexta-feira (12).

 

Anderson foi preso em janeiro do ano passado durante a Operação Mandatário, que desarticulou o núcleo de contabilidade da facção.

 

De acordo com as investigações, ele recebeu mais de 43 depósitos fracionados de mais R$ 100 mil de Filipe Bruschi, que também foi preso na operação.

 

Bruschi, conforme as investigações, é o “mandatário”, que deu origem ao nome da operação. Formado em Direito, com carteirinha apenas de estagiário, ele era responsável por cumprir as ordens do tesoureiro da facção do lado de fora da prisão.

 

Na decisão, o juiz afirmou que as provas produzidas até então comprovam o envolvimento de Anderson na ocultação e dissimulação do dinheiro proveniente de infração penal. 

 

“Aliás, foram identificadas conversas entre Anderson Anjos Teixeira e um indivíduo de nome Jackson sobre a confirmação dos depósitos que foram realizados em sua conta bancária, mas que não foram compensados, sendo aludida conversa, posteriormente, encaminhada para o representado Filipe, para que entrasse em contato com o depositante para solucionar o problema identificado”, escreveu o juiz

 

“As conversas mencionadas acima fornecem robustos indícios da participação de Anderson Anjos Teixeira na lavagem de dinheiro do tráfico de drogas realizada pelo Comando Vermelho, através de Filipe Bruschi, tendo em vista o alto valor recebido em sua conta bancária de maneira fracionada, a fim de evitar suspeitas das autoridades financeiras”, acrescentou.

 

“Ademais, embora a defesa sustente que ele intermediou a compra de um imóvel , não demonstrou a ligação deste negócio

“Nesse enquadramento fático, permanecem incólumes os indícios de que, no interesse da organização, disponibilizava sua conta bancária para o recolhimento dos valores advindos do tráfico de drogas, pelo que se mantem a necessidade da manutenção da prisão preventiva para salvaguardar a ordem pública”, decidiu.

 

A operação

 

Ao todo, foram cumpridos 51 ordens judiciais entre mandados de prisão e busca e apreensão. 

 

Também foram sequestrados 15 veículos, 7 imóveis, além de 10 ordens de bloqueio de contas bancárias e de investimentos, totalizando o montante de R$ 10 milhões.

 

Cerca de R$ 500 mil em espécie foram apreendidos

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