Cuiabá, Sábado, 5 de Julho de 2025
DISPUTA POR TERRA
04.04.2021 | 15h28 Tamanho do texto A- A+

MPE quer retomar ação contra empresária acusada de morte de irmãos

Monica Marchett é apontada como mandante dos assassinatos dos irmãos Araújo entre 1999 e 2000

Divulgação

A empresária Monica Marchett

A empresária Monica Marchett

DO FOLHAMAX

O Ministério Público do Estado (MPMT) ingressou com um recurso contra o trancamento de uma ação penal que denunciou a empresária Monica Marchett de ser a mandante do assassinato de dois irmãos no município de Rondonópolis (216 km de Cuiabá), no ano de 1999.

 

Em despacho publicado nesta segunda-feira (29), a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça (TJMT), onde foi determinado o trancamento da ação, intimou a empresária para apresentar sua manifestação quanto ao recurso do MPMT.

 

No dia 24 de fevereiro de 2021, a Segunda Câmara Criminal determinou o trancamento da ação por unanimidade, seguindo o voto do desembargador Pedro Sakamoto, relator de um habeas corpus ingressado pela defesa da empresária.

 

Na ocasião, o magistrado lembrou em seu voto que ele próprio, no ano de 2018, já havia livrado Monica Marchett do julgamento no Tribunal do Júri (despronúncia) justamente por falta de provas no processo. Se “livrar” do Júri deixou a empresária a um passo de ser absolvida nos autos.

 

O MPMT, porém, ofereceu uma nova denúncia baseada num depoimento de outro réu no processo. A ação, julgada pela Segunda Câmara Criminal, acabou sendo trancada pelos magistrados, que explicaram que o depoimento não trouxe nenhum fato novo que pudesse dar sustentação ao novo processo contra Monica Marchett.

 

“É verdade que o interrogatório [do corréu] constituiu novo elemento probatório. Contudo, em termos materiais ou substanciais, esse interrogatório não trouxe nenhuma informação inédita, que contradiz de alguma maneira a despronúncia da paciente. Esses relatos são vagos demais para legitimar o desencadeamento de uma segunda ação penal contra Monica Marchett”, avaliou Pedro Sakamoto.

 

O caso

 

As execuções dos irmãos Araújo aconteceram há quase 19 anos. Brandão Araújo Filho foi assassinado no dia 10 de agosto de 1999, no centro de Rondonópolis, pelo pistoleiro Hércules Araújo Agostinho (Cabo Hércules). Já o segundo crime foi registrado em 28 de dezembro de 2000, quando José Carlos Machado Araújo foi executado no estacionamento da agência central do Banco Bradesco, também no município.

 

Réu confesso no crime, Hércules apontou como co-executores o ex-soldado da PM, Célio Alves, o ex-sargento da PM, José Jesus de Freitas, o ex-capitão da PM, Marcos Divino, além da família Marchett, como mandantes dos crimes. Segundo o Ministério Público, uma disputa por terras decorrente de uma venda mal sucedida entre os Marchett e os Araújo teria motivado as execuções.

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