O Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) moveram uma ação civil pública, com pedido de liminar, para a suspensão imediata das obras na rodovia MT-251, no trecho conhecido como Portão do Inferno, no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
A ação aponta supostas irregularidades no licenciamento ambiental da obra e alerta para o risco de alteração irreversível da paisagem e topografia do local, além do aumento no risco de deslizamentos durante e após o término das atividades.
No julgamento do mérito da ação, o MPF e o MPE pedem a nulidade do processo de licenciamento ambiental da obra em razão das citadas irregularidades, como a ausência de motivação para aplicação do licenciamento simplificado, a indevida classificação de risco das obras de retaludamento, a nulidade da Autorização para Licenciamento Ambiental, dentre outras.
O retaludamento é um processo de terraplanagem no qual se alteram, por cortes ou aterros, os taludes (terreno inclinado) originalmente existentes em um determinado local, como uma encosta, com o objetivo de estabilizá-la e evitar deslizamentos.
Na ação, os MPs solicitam, ainda, que a Justiça Federal declare a nulidade da escolha pelo projeto de retaludamento da rocha feita pelo Estado do Mato Grosso, devido à ausência de critérios de razoabilidade e proporcionalidade e à inexistência das vantagens apresentadas pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística Estadual (Sinfra/MT).
A procuradora da República Marianne Cury Paiva e o promotor de justiça Leandro Volochko, autores da ação, pedem também a realização de estudos mais detalhados que considerem os aspectos ambientais, geológicos e cênicos do Portão do Inferno, bem como aspectos sociais, econômicos e de locomoção dos municípios abrangidos pelo Parque Nacional da Chapada dos Guimarães.
São réus na ação o Estado de Mato Grosso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda.
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
6 Comentário(s).
|
Robélio Orbe 16.10.24 08h32 | ||||
Já deixei a minha opinião para resolver este problema. A região possui formação geológica de milhões de anos e as rochas estão em estágio de farelamento. A única solução é a implosão do morro no local. | ||||
|
Fernando 16.10.24 05h50 | ||||
Tanto o MPE ,qto o MPF nunca dão solução pra nada,a cidade sendo prejudicada financeiramente e eles aparecendo oara atrapalharem novamente. | ||||
|
Jorge Mattos 16.10.24 04h13 | ||||
INFELIZMENTE ISSO É UM ABSURDO, TODOS OS ANOS TEMOS QUEIMADAS QUE DESTROEM O PARQUE NACIONAL. NUNCA VI UMA AÇÃO DO M.P.E e M.P.F. FAZER ALGUMA AÇÃO PARA QUE ISSO NÃO OCORRA. NOS MESES FINAIS DE 2023 E INÍCIO DE 2024 TIVEMOS DIVERSAS PARALISAÇÃO POR CONTA DESSE TRECHO, A MAIORIA DA POPULAÇÃO TEVE DESGASTES NO SEU DIREITO DE IR E VIR. AGORA QUE SE CONSEGUIU UMA MANEIRA DE REGULARIZAR O TRAJETO. QUEREM INTERFERIR. | ||||
|
André 15.10.24 21h04 | ||||
Pq cargas d’água deixaram começar a obra então? Agora fica um começa e para eterno. Nisso tudo quem se lasca é quem depende daquela rodovia pra viver e/ou trabalhar… | ||||
|
Paulo 15.10.24 19h04 | ||||
Essa coisa não tem jeito não! Demorou! Será que algum remédio vão resolver essa situação? É um jogo de espicha e encolhe sem fim! Vão esperar morrer mais gente lá pra depois culpar quem está querendo fazer. Isso dá nojo! | ||||
|