Cuiabá, Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025
MT SAÚDE
06.03.2012 | 11h56 Tamanho do texto A- A+

Promotor notifica e pede auditoria nas contas do MT Saúde

MPE pode entrar com uma ação contra o Governo, em defesa do patrimônio público

MidiaNews/Reprodução

Turin reúne-se com sindicalistas e avalia entrar com uma ação contra o Governo

Turin reúne-se com sindicalistas e avalia entrar com uma ação contra o Governo

FLÁVIA BORGES
DO MIDIAJUR
O promotor de Justiça, Roberto Turin, notificou o Governo do Estado para que não renove o contrato com as empresas Saúde Samaritano e Open Saúde, responsáveis pela gestão do MT Saúde e solicitou à Auditoria do Estado informações sobre os repasses feitos à autarquia.

Turin aguarda a resposta do Governo para definir se vai ou não ingressar com medidas judiciais cabíveis, "na defesa do patrimônio público e da probidade administrativa".

No documento, o promotor afirma que as referidas empresas não possuem idoneidade técnica, econômico-financeira e de habilitação para cumprir com o objeto do contrato, que deve ser renovado no próximo dia 22 em regime de emergência.

“De emergência em emergência, o Estado vai empurrando com a barriga”, opinou o promotor.

Ele criticou a dispensa de licitação e questionou a legalidade dos repasses feitos. “O que faz o MT Saúde afinal de contas? Parece que apenas recebe e repassa os recursos”, afirmou Turin.

As declarações foram feitas durante reunião com representantes de classe na tarde de segunda (5), na sede do Ministério Público. Estavam presentes os presidentes dos sindicatos dos Investigadores de Polícia Civil, dos Servidores do Sistema Penitenciário e da Área Instrumental do Governo, do Detran, dos Papilocopistas, dos Servidores da Secretaria de Meio Ambiente, de Infraestrutura, da Empaer, da Área Agrária e Rural e da Associação dos Oficiais da Polícia Militar.

Eles reivindicam um posicionamento do MP acerca da “ingerência” do MT Saúde, por meio da assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). “Há 13 empresas habilitadas no Estado para tocar o MT Saúde. Então por que o Governo contrata em regime emergencial uma empresa lá de São Paulo?”, questionou um dos sindicalistas presentes à reunião.

Nas últimas semanas, os funcionários públicos e coparticipantes do plano têm reclamado da falta de assistência do plano, que não estaria sendo aceito por médicos, clínicas e hospitais, nem mesmo para a realização de exames e consultas, por falta de pagamento.

No entanto, de acordo com os servidores e sindicatos, o valor correspondente pelo plano está sendo descontado normalmente na folha de pagamento dos servidores, que se vêem obrigados a procurar atendimento na rede pública ou pagar por fora pelas intervenções médicas necessárias.

Atualmente, os servidores são responsáveis por 70% da arrecadação mensal do plano, que atende a 54 mil beneficiários em todo o Estado. Isso corresponde a aproximadamente R$ 6,5 milhões da receita da instituição. O restante, R$ 3 milhões, é garantido pelo Governo.

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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cuiabano  06.03.12 19h10
cuiabano, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
J Aparecido  06.03.12 16h03
Parabéns ao MP especialmente ao Dr Turim por atuar em defesa do patrimônio público e zelar pela probidade administrativa". Tem que se fazer uma devassa nas contas desse órgão desde a sua criação até os dias de hoje.
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elza de araújo leite   06.03.12 16h01
Estamos sem o plano de Saúde MT Saúde. No Hospital Santo Antônio o atendimento é por ordem de Chegada e não tem todas as especialidades, mas estão descontando o plano do meu salário, para onde está indo o dinheiro?
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Reinaldo  06.03.12 15h28
colocar uma empresa seria para administrar o mt. e depois mostrar a porta da rua para essa cambada de vagabundo que está ai dentro. rua
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Marcelo  06.03.12 13h49
Engraçado... o estado é um baita de um cabide de empregos... tem gente pendurada em tudo quanto é lugar... mas na hora do vamos ver, ainda tem que contratar consultorias disto e daquilo, terceirizar serviços vitais, tais como a saúde (oss) a gestão do plano de saúde do estado (que em tese não deveria existir, pois neste caso o estado assina um atestado de incompetência no que tange a saúde pública)... daqui a pouco só falta terceirizar a polícia e a educação.
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