Cuiabá, Quinta-Feira, 25 de Dezembro de 2025
WILSON FUÁH
25.12.2025 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

A confraternização natalina

Gesto nos ensina que o presente é forma de expressar sentimentos

Quanto mais dependemos materialmente das pessoas, mais nos afastamos das amizades desinteressadas — aquelas que caminham guiadas pela consciência e pelo sentimento espiritual.

 

O Natal é, por excelência, a época da confraternização entre os povos. É tempo de dar e receber presentes, tradição que tem origem histórica na visita dos Três Reis Magos ao Menino Jesus. Cada presente carregava um significado profundo:

 

O incenso representava a fé e era ofertado aos sacerdotes;

 

O ouro simbolizava a nobreza e era destinado aos reis;

 

A mirra, por sua vez, representava o perfume e o sacrifício, sendo oferecida aos profetas.

 

Mais do que os presentes em si, a figura dos Três Reis Magos traz um ensinamento ainda maior: eles representavam povos de todas as cores e nações.

 

Baltazar, rei da Arábia, simbolizava a cor negra;

 

Melchior, rei da Pérsia, representava a cor clara;

 

Gaspar, rei da Índia, simbolizava a cor amarela.

 

O grande significado dessa história está no valor espiritual do presente, muito acima do valor material. Mesmo sendo reis, detentores de poder e riqueza, eles demonstraram a mais profunda humildade ao se curvarem diante de um menino pobre, nascido em uma estrebaria, entre os animais.

 

Esse gesto nos ensina que o presente é, acima de tudo, uma forma de expressar sentimentos. Independentemente de etnia, classe social ou posição, presentear é um ato de amor, amizade e respeito ao próximo.

 

O presente fortalece os relacionamentos. Em muitas situações da convivência humana, o ato de oferecer é mais significativo do que o próprio objeto recebido.

 

Para dignificar verdadeiramente os laços de amizade e gratidão, ao presentear alguém, é essencial que saibamos oferecer também a nós mesmos. É como se nos materializássemos dentro do presente, deixando ali uma parte do nosso afeto, da nossa presença e da nossa intenção. Por isso, um presente verdadeiro permanece marcado para sempre — seja no início, no percurso ou na eternidade de um relacionamento construído no amor ao próximo.

 

Feliz Natal.

 

Wilson Carlos Fuah é escritor, cronista e graduado em Ciências Econômica.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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