Cuiabá, Domingo, 13 de Julho de 2025
ONOFRE RIBEIRO
21.02.2023 | 05h30 Tamanho do texto A- A+

Nós, 2023, as certezas e as incertezas

O radicalismo que se instalou com força na eleição Dilma x Aecio, em 2014

O ano de 2022 não poderia ter terminado pior no Brasil e no mundo.

        

Os desdobramentos recentes da pandemia do corona vírus e a guerra entre Rússia e Ucrânia. Esses dois eventos jogaram no chão e na cara do mundo as fragilidades da civilização. O mundo entrou em 2023 ainda de ressaca da bebedeira que tomou desde 2020, quando se iniciou a pandemia na China.

        

O mundo vivia crises sucessivas desde a pandemia. Mas a guerra mexeu na economia mundial de maneira inesperada. Revelou fragilidades no campo do petróleo, da energia, dos fertilizantes e do comércio internacional. Se mexeu na oferta e no bloqueio do comércio europeu de fertilizantes, mexeu também na oferta de alimentos.

        

Mas no Brasil os fatos caminham com vida própria. O radicalismo que se instalou com força na eleição Dilma x Aecio, em 2014, só cresceu e ganhou força nesses 4 últimos anos.

 

Chegou ao ponto intolerável da convivência dos cidadãos, mas esbarrou na absoluta inércia da política. Se há um peso morto no Brasil neste ambiente polarizado, são a política e os políticos. Os motivos são vários. 

 

Um deles é o jogo de poder que dominou todos os partidos políticos e anulou a leitura correta do país pelos políticos eleitos. Em todos os partidos. Sem qualquer exceção. Há dois países que não falam: o da político e o dos políticos, e o pais de 207 milhões de habitantes.

        

No caso brasileiro a polarização entre dois políticos, Bolsonaro e Lula, construiu uma narrativa falsa de que o país se resume aos dois. Aproveitadores oportunistas, os políticos se associaram a outros oportunistas como o Poder Judiciário, Ministério Público e a mídia, anulando o sentido institucional de nação.

 

No lugar da nação restou-nos um emaranhado de interesses nada republicanos entre todos esses atores. Hoje, sem nenhuma dúvida, eles tomaram de assalto a nação e escravizaram o país aos seus interesses.

        

Outras nações resolveram isso por caminhos da violência, de revoluções civis, de guerra ou de rebelião. O Brasil está muito perto de um desses. O começo de rebelião se deu logo após a eleição com o aquartelamento de pessoas. Depois a invasão simbólica aos prédios dos três poderes. Isso merecerá dos historiadores uma leitura séria quando a poeira da revanche política lado a lado baixar. Há mais terrorismo nas narrativas do que na realidade.

        

Esse ambiente tóxico que domina o Brasil não poderá durar muito. A História ensina que o inconsciente coletivo sabe a hora de pôr freio nas insanidades dos insanos.

        

A mídia oportunista, somada com as corporações públicas que já não representam mais o anseio do inconsciente coletivo que trabalha, produz e arrecada impostos.

 

Nesse caminhar da carruagem o ano de 2023 não terminará sem que o leite derrame.  O governo assumido não se assume dentro da pacificação nacional a que se propôs e deu-lhe a legitimidade de se eleger. Continua apregoando a guerra. Continua pintado nas cores vermelhas da guerra. De novo, a História ensina: quando os protagonistas não protagonizam, o protagonismo vem de fora com cara, energia e força contrárias ao meio dominante.

        

Ou se muda, ou e só esperar a onda que varrerá surfistas que se aventuram no mar sem o domínio das ondas. A linguagem que a nação espera é uma a pacificação! E, o desenvolvimento.

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso.

*Os artigos são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. 

 

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Jaime  21.02.23 10h59
"O governo assumido não se assume dentro da pacificação nacional a que se propôs e deu-lhe a legitimidade de se eleger". Estava fora do pais? O atual governo foi eleito, legitimando-se na vontade popular de derrubar o escárnio vigente desde 2016. Que teve, e tem como efeito, a fome da população mais necessitada. Foi eleito pra resolver a fome. Se tem duvida com relação ao viés pacificador, se atenha aos últimos acontecimentos. As atitudes do atual presidente, politicas ou não, demonstram quem realmente esta no caminho da pacificação. Te garanto que o governante anterior não estava, muito pelo contrario.
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