A Igreja celebra, no dia 24 de junho, o nascimento de João Batista como um acontecimento sagrado. É o único santo, além da Bem-aventura virgem Maria, que celebramos o seu nascimento na carne e seu nascimento para o céu. João é filho da Zacarias e Isabel, da estirpe sacerdotal.
O nome hebraico João, significa “Deus é gracioso” ou “Deus é misericordioso”. Realmente, o nascimento de João Batista foi obra da misericórdia e bondade da paternidade Divina. Os Pais idosos representam ou simbolizam o antigo Testamento. João Batista é considerado o último dos profetas da antiga lei. É o ponto de encontro entre os dois testamentos. O antigo e novo testamento. O Próprio Senhor o chama de limite quando diz: “A lei e os profetas até João Batista (Lc 16,16). Ele representa o antigo e anuncia o novo.
Sendo o último dos profetas veterotestamentários, anuncia a chegada dos tempos messiânicos, apontando, ele mesmo, o objeto de seu anúncio: “O cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. O Pai de João dúvida da promessa de Deus. Por ser idoso, não acredita que poderia ser pai e fica mudo. A mudez de Zacarias é simbólica. Significa que ele não estava entendo o projeto de Deus. Era melhor ficar calado para não atrapalhar o plano de Deus. Foi um ato de incredulidade. Quando se cumpre as promessas de Deus, com o nascimento de João, a língua do Pai se solta e, ele louva e glorifica à Deus. Solta-se a língua porque nasce aquele que é a voz. Como afirmou o profeta Isaias: “Uma voz clama no deserto. Preparai o caminho do Senhor” (Is 40,3).
João Batista é denominado de “o precursor” para realizar a profecia de Isaias. Iniciou o seu profetismo ainda no ventre materno. No encontro de Maria e Isabel: “quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria no meu ventre “(Lc 1,41). Portanto, antes do seu nascimento já era profeta do Deus altíssimo. Ele é o precursor porque prepara a chega do salvador ao mundo. João Batista prepara um ambiente menos incrédulo, hostil e agressivo para que Jesus pudesse realizar sua missão salvadora no mundo. Prepara os corações para o encontro com o Filho de Deus.
Aqui está a grandeza de João Batista. Ele é a voz no tempo e Jesus Cristo a palavra eterna do Pai. João Batista pregou um batismo de penitência, chamando as pessoas do seu tempo à conversão. Hoje, também, devemos acolher o apelo de João. Pois, a conversão é um processo permanente. É busca diária de renovação e ressignificação da vida. Todos os elementos culturais e o folclore popular que envolvem a festividade de s. João, movimentam a nossa economia e aproximam as pessoas.
As festas juninas, sobretudo de S. João, com suas quadrilhas e manifestações culturais, são verdadeiras sinfonias de afetos humanos, de congraçamentos, geradoras de vínculos fraternos e amizade social. Todos nós precisamos de momentos de descontrações e encontros fraternos. São momentos revitalizadores da convivência humana. João Batista morreu mártir, defendendo a santidade da família.
Sejamos, também, hoje, promotores e defensores da unidade e santidade da família. S. João Batista, rogai por nós!
Deusdédit de Almeida é sacerdote Diocesano e trabalha na Catedral de Cuiabá.
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
0 Comentário(s).
|