Cuiabá, Sexta-Feira, 15 de Agosto de 2025
MORTE DE ADVOGADA
16.08.2023 | 09h15 Tamanho do texto A- A+

Assassino é "pessoa perigosa" e precisa ficar preso, diz delegado

Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, está preso desde domingo pela morte de Cristiane Castrillon

Rafael Medeiros/ SBT Comunidade

Almir Monteiro dos Reis ao lado de dois policiais civis

Almir Monteiro dos Reis ao lado de dois policiais civis

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O delegado Ricardo Franco afirmou que apesar do ex-PM Almir Monteiro dos Reis, de 49 anos, alegar que não pode responder pelos seus atos em razão de ser judicialmente interditado, ele não poderá se safar da responsabilidade pelo assassinato da advogada Cristiane Castrillon, de 48 anos.

  

O corpo de Cristiane foi encontrado por um familiar na tarde de domingo (13), no Parque das Águas. A última vez que ela foi vista foi na noite de sábado (12), acompanhada por Almir. Os dois se conheceram de forma casual naquela mesma noite.

  

“Ele é uma pessoa imputável [que pode responder]; ele tem documentos recentes, que a Promotoria juntou, que mostram que ele pode trabalhar, que é responsável como qualquer outro cidadão”, afirmou o delegado.  

  

“Problemas que ele tenha podem servir como uma atenuante, de repente, mas não muda o contexto dos fatos, não pode se safar”.

 

Além de diversas marcas visíveis de agressão por todo o rosto e corpo da vítima, e dos sinais de asfixia, o que chamou a atenção da Polícia foi a frieza de Almir ao tentar dissimular a cena do crime. Ela estava no banco do carona do próprio carro, com um óculos escuro no rosto, como se ainda estivesse viva.

 

“Pelas cenas, por toda a construção de deixar um corpo do jeito que deixou, tudo isso mostra a frieza e crueldade dele [Almir]. Uma pessoa perigosa, que precisa ficar presa”, afirmou o delegado.

  

“Não tenha dúvida que esse cidadão tratou essa mulher como um objeto, como um bem, uma posse, onde qualquer desentendimento ele quer partir para a agressão. O crime é feminicídio consumado junto com fraude processual; de forma cruel e metódica, [ele] abandonou o corpo no centro da nossa cidade”.

 

Apesar de não ter usado o termo esquizofrenia com a Polícia, Almir tentou se livrar de qualquer responsabilidade dizendo: “Sou interditado, não respondo pelos meus atos”.

  

“No processo penal, a interdição penal tem que ser dentro de um auto incidental penal, para comprovar a imputabilidade penal. Isso é clássico. Se for uma interdição civil, não tem nada a ver”, explicou o delegado.

 

O delegado citou, ainda, exemplos de envolvimentos em outros crimes, como o de roubo, que provocou a expulsão de Almir da corporação.

 

A interdição ocorre se, por algum motivo, um adulto não tiver o discernimento necessário para praticar algum ato da vida civil, principalmente o que põe em risco as suas finanças e patrimônio. 

 

Leia mais:

 

Vídeo mostra assassino dizendo à Polícia que morte foi acidental

 

PJC: aplicativo de rastreio foi fundamental na prisão de assassino

 

DHPP: ex-PM levou namorada para sua casa após cometer crime

 

Câmera flagrou ex-PM deixando casa no carro de advogada

 

Assassino de advogada acumula processos criminais; confira

  

Polícia: Ex-PM saiu de casa com vítima morta no banco do carona

 

Suspeito diz que advogada caiu e bateu a cabeça: "Foi acidente"

 

Acusado de matar advogada foi expulso da Polícia Militar em 2015

 

Vítima e suspeito se conheceram no dia do crime, diz Polícia

 

Advogada é encontrada morta em carro no Parque das Águas 

 

 

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
4 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Eder Sampaio Correa  16.08.23 21h01
Certos transtornos mentais, quando não tratados, podem causar problemas sociais graves. Esquizofrenia, borderline, TDI e TOD trazem problemas à família e ao entorno do portador do transtorno, principalmente quando o paciente decide (ou teima) em não se tratar. Considerando o alto risco de 'virar problema', o tratamento deveria ser obrigatório, até mesmo coercitivo, dependendo da intensidade do transtorno.
1
0
Roseni  16.08.23 13h11
A pergunta que não quer calar “quantos Almir estão soltos, com extensa ficha criminal, pousando de bom moço, frequentando bares, restaurantes”. Muito triste
19
0
Graci Miranda  16.08.23 10h38
Parabéns! delegado Ricardo Franco , Vai firme, confiamos em vc e no laudo do MP.
25
0
Alan  16.08.23 09h43
Alan, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas