Cuiabá, Quinta-Feira, 7 de Agosto de 2025
MÁFIA DA COBRANÇA
11.12.2020 | 16h09 Tamanho do texto A- A+

Casal vive terror psicológico a mando de agiota em Cuiabá

GCCO começou a investigar o caso quando irmão da vítima denunciou abordagem de homens armados

Arquivo/MidiaNews

A delegada Juliana Chiquito Palhares, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO)

A delegada Juliana Chiquito Palhares, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO)

DA REDAÇÃO

A Polícia Civil prendeu quatro pessoas envolvidas em crime de extorsão qualificada praticada contra um casal, na tarde de quinta-feira (10) em Cuiabá. No crime praticado a mando de um agiota, eles ficaram reféns de criminosos, sendo submetidas a horas de ameaças e violência moral.

 

A prisão dos bandidos ocorreu em ação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

  

As investigações iniciaram após um homem procurar a GCCO relatando que o seu irmão e sua cunhada foram abordados em casa pelo agiota e sua esposa na companhia de outros quatro homens armados que teriam ido até o local para cobrar uma dívida.

 

Ameaças

O suspeito monitorado por tornozeleira foi apontado pelas vítimas como o mais violento e o que seria o responsável por praticar as possíveis violências física ameaçada pelos suspeitos

 

Na residência do casal, no Bairro Santa Cruz II em Cuiabá, o grupo passou a fazer diversas ameaças de violência física, além de realizar buscas por dinheiro, joias e a avaliação de bens que poderiam quitar a dívida, como duas motocicletas e um veículo da família.

  

Segundo a delegada Juliana Chiquito Palhares, o agiota e sua esposa estavam na casa acompanhando a ação dos suspeitos e a avaliação dos objetos que era feita por um gerente do grupo. “Na avaliação realizada pelos envolvidos, um veículo com valor de mercado aproximado R$ 36 mil era avaliado por R$ 15 mil, objetivando o pagamento total do crédito tomado pelas vítimas com o agiota”, disse.

  

Durante a ação, as vítimas foram constrangidas a deixarem a própria casa sendo levadas pelos suspeitos para um apartamento desocupado, na região do Bairro Santa Rosa, que seria de propriedade do agiota.

 

No local, as vítimas sofreram grave violência moral, sendo ameaçadas de violência física não só contra eles, mas também contra as filhas e familiares, sob a alegação de que de alguma forma eles teriam que quitar a dívida.

 

A Polícia Civil, no entanto, não informou o montante da dívida.

 

Telefonema ao irmão

 

Enquanto a ocorrência era registrada na GCCO, a vítima entrou em contato com irmão pedindo que ele buscasse a chave de uma residência do pai deles e o encontrasse no Bairro Cidade Verde, pois ele também entregaria o imóvel como forma de quitar a dívida.

 

Neste momento os policiais encontraram a oportunidade para averiguar a situação, indo ao encontro dos suspeitos e das vítimas, sendo confirmada a violência sofrida pelo casal, que, segundo os policiais, estava extremamente abalado com os momentos de terror.

  

Diante da situação, os quatro suspeitos que estavam com o casal no momento foram detidos e encaminhados à GCCO, onde depois de interrogados pela delegada Juliana Palhares, foram autuados em flagrante por extorsão qualificada pela restrição de liberdade das vítimas, sendo depois encaminhados para Cadeia Pública de Várzea Grande.

  

Três dos suspeitos possuem passagens criminais anteriores, sendo um deles portador de tornozeleira eletrônica, mas o dispositivo estava desligado no momento da abordagem.

 

“O suspeito monitorado por tornozeleira foi apontado pelas vítimas como o mais violento e o que seria o responsável por praticar as possíveis violências física ameaçada pelos suspeitos”, disse a delegada.

  

O agiota e sua esposa não foram localizados, mas foram identificados pela equipe da GCCO que continuam com as investigações para esclarecimento do crime.

 

 

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Alexandre da Silva  12.12.20 01h11
Mexer com agiota é igual pacto com o capeta, oque ele dá com uma mão toma em dobro com a outra.
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