Cuiabá, Quinta-Feira, 7 de Agosto de 2025
ROUBO AO SICREDI
06.08.2025 | 15h17 Tamanho do texto A- A+

Corregedoria apura se policiais da GCCO torturaram suspeito

Fabrício da Silva Lima foi preso no final de semana acusado de participar do crime, ocorrido em Brasnorte

Reprodução

Fabricio da Silva Lima (em detalhe), que acusa policiais da GCCO

Fabricio da Silva Lima (em detalhe), que acusa policiais da GCCO

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

A Corregedoria Geral da Polícia Civil informou nesta quarta-feira (6) que abriu um processo de investigação contra policiais da GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado), acusados de agredir e torturar o suspeito Fabrício da Silva Lima.

Jogavam água no meu rosto. Ficaram umas duas horas me afogando e pisando

 

Fabrício é acusado de integrar o grupo que assaltou, na última quinta-feira (31), uma agência da cooperativa Sicredi no município de Brasnorte.

 

O grupo foi preso na noite de sábado (02). Durante o depoimento, Fabrício acusou quatro policiais de tê-lo torturado e de ameaçar sua família no momento da prisão.

 

A identidade dos policiais investigados não foi divulgada.

 

Segundo a Polícia Civil, um processo administrativo foi instaurado para apurar a conduta dos agentes envolvidos na abordagem, após comunicação oficial encaminhada pelo Poder Judiciário.

 

Segundo relato de Fabrício, após sua prisão, os policiais disseram que o levariam à Delegacia da Polícia Civil. No entanto, teriam conduzido-o até sua residência, onde ele afirma ter sido submetido a afogamento na piscina, agressões físicas, pisoteamento no estômago e ameaças contra seu filho de 11 anos.

 

“Jogavam água no meu rosto. Ficaram umas duas horas me afogando e pisando. Jogavam na piscina e tiravam, levavam no banheiro, colocavam um pano no meu rosto e pisavam no meu estômago, dois ao mesmo tempo", relatou.

 

"Um deles perguntou: ‘Você tem filhos?’. Eu respondi: ‘Tenho sim, um de 11 anos’. Aí ele falou: ‘Ou você fala onde está o dinheiro, ou a gente vai partir pra cima da sua família’. Eu disse: ‘Pelo amor de Deus, podem me matar, fazer o que quiserem comigo, mas meu filho não tem nada a ver com isso. Não sei o que esta acontecendo’”.

 

Na gravação feita durante o depoimento, Fabrício exibe diversos hematomas pelo corpo, principalmente nos braços e na região abdominal.

 

Ao final, afirma que, no momento em que tentou denunciar as agressões ao médico durante o exame de corpo de delito, foi novamente ameaçado por um dos agentes.

 

Vídeo

 

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Leandro  06.08.25 16h10
veja a distorção de valores, os assaltantes podem entrar na agência, tocar o terro, fazer ameaças, fazer reféns, gerar trauma nas pessoas que podem ser irreparáveis, mas a policia tem que tratar ele com amor e carinho, dignidade a eles e a sociedade a CONTA. Não falo de tortura, mas bandido é bandido, fez sua escolha, agora arque com o preço.
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