Cuiabá, Quinta-Feira, 23 de Outubro de 2025
ESTUPRO; VÍDEO
23.10.2025 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

Delegado: motorista foi emboscado por facção e torturado por 6h

DHPP diz que vítima caiu em uma armação de faccionados intitulados "Os Justiceiros"

Victor Ostetti/MidiaNews

O delegado Michel Paes, que investiga morte de motorista de app

O delegado Michel Paes, que investiga morte de motorista de app

LIZ BRUNETTO E LARISSA AZEVEDO
DA REDAÇÃO

O delegado Michel Paes, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que o motorista de aplicativo Daferson da Silva Nunes, de 34 anos, encontrado morto na manhã desta quarta-feira (22) na estrada vicinal da Guia, em Cuiabá, foi emboscado por membros de uma facção criminosa e torturado por mais de seis horas.

 

A forma como ele estava amarrado, parecendo um animal, pelos pés, sem conseguir se movimentar

O crime foi cometido após Daferson ser acusado de estuprar uma passageira durante uma corrida de aplicativo, na noite de segunda-feira (20), no bairro Jardim Glória, em Várzea Grande.

 

Segundo a Polícia, foi constatada presença de sêmen tanto nas roupas da vítima quanto na parte íntima dela. No entanto, o laudo que fará o confronto genético com o DNA de Daferson ainda não ficou pronto.

 

Após o caso viralizar nas redes sociais e Daferson ter sido jurado de morte pela facção, ele tentou entrar em contato com os membros para se defender e acabou sendo emboscado, segundo o delegado.

 

“A vítima foi refém das redes sociais, porque circulou nos grupos de WhatsApp, que ele estava decretado, que ia morrer. Ele quis se defender, fez um boletim de ocorrência e, em seguida, ele mesmo foi contactar o pessoal, falando: ‘Não fui eu’. E eles disseram: ‘Não, está tudo bem, só queremos saber se foi você mesmo’.

 

"Marcaram um lugar para se encontrar e, achando que, de fato, alguém ia escutar, morreu”, explicou o delegado.

 

No local, começaram as agressões e, segundo Paes, muito provavelmente Daferson foi obrigado a confessar o crime. “Porque, quando você não fala o que o outro quer ouvir, continua apanhando, sendo agredido”.

 

Conforme as investigações, vários membros da facção autointitulados “justiceiros” estão envolvidos — ao menos cinco, segundo o delegado.

 

“As vestes dele estavam todas rasgadas, foi arrastado no chão. Pelo olho dele, dava para ver os hematomas que já existiam ali antes mesmo dele ser morto, porque os hematomas acontecem com a pessoa viva. A forma como ele estava amarrado, parecendo um animal, pelos pés, sem conseguir se movimentar... Foi muito tempo de tortura. Do momento em que ele encontrou esses indivíduos até a hora provável da morte, foi mais ou menos seis horas, talvez até mais”, detalhou o delegado.

 

Além das marcas visíveis de tortura a vítima foi encontrada com três tiros na cabeça e os pés e mãos amarrados. 

 

“Em determinado momento ou eles ficaram convencidos que aquilo aconteceu ou tão grave já tinham sido as agressões que não tinha mais como voltar atrás”. 

 

A Polícia segue investigando o caso para identificar os autores do crime.

 

Veja:

 

 

 

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