A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa de Cuiabá indiciou Reyvan da Silva Carvalho, 30 anos, nesta terça-feira (23) pelo estupro e feminicídio de Solange Aparecida Sobrinho, ocorrido em 23 de julho, nas dependências da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).
No inquérito, o delegado Bruno Abreu ainda requereu a conversão da prisão temporária de Reyvan em prisão preventiva. O documento foi enviado ao Ministério Público Estadual (MPE), que deve denunciar o criminoso à Justiça.
Conforme revelado pela investigação, Reyvan teve sua prisão cumprida no dia 29 de agosto, enquanto transitava dentro da Universidade Federal. A ordem judicial foi expedida depois que o exame de DNA realizado pela perícia comprovou que o sêmen dele estava nas cavidades íntimas da vítima e em um cigarro próximo ao corpo.
"Exame de DNA concluiu pela compatibilidade inequívoca entre o perfil genético de Reyvan da Silva Carvalho e o material coletado no corpo da vítima, constituindo prova irrefutável do estupro. O mesmo exame constatou que o DNA de Reyvan foi encontrado em cigarro recolhido no local do crime, vinculando-o diretamente à cena", consta no inquérito obtido pelo MidiaNews.
Imagens de câmeras de segurança registraram Reyvan perambulando pela UFMT pela manhã, enquanto a vítima, Solange, entrou na universidade no período da tarde. Já por volta das 14h30, o indiciado aparece indo sentido à antiga Associação Master, local atualmente abandonado, onde ele matou a mulher.
O corpo dela só foi encontrado na manhã do dia 24, seminu e com marcas de esganadura. Ao ser questionado sobre o crime, Reyvan negou tê-la matado, e afirmou que eles teriam feito sexo consensual no banheiro próximo à piscina da universidade.
"Reyvan foi interrogado e confessou a conjunção carnal, mas alegou que ocorreu em outro local; negou a autoria do homicídio, atribuindo a um terceiro. Essa versão, entretanto, é cabalmente desmentida pelas provas. O DNA no corpo e no cigarro no local vinculam o investigado diretamente à cena do crime", constatou o delegado.
"O conjunto probatório demonstra de forma segura e técnica que o estupro é indiscutivelmente comprovado pelo DNA, prova científica irrefutável, a presença do DNA no cigarro no local confirma que o investigado esteve na cena do crime, a esganadura é causa da morte e descaracteriza qualquer narrativa de violência sexual prévia em outro local", completou.
Segundo o delegado, as versões de Reyvan sobre o dia do crime e sua suposta inocência não têm credibilidade, uma vez que ele foi apontado, também com provas de DNA, como autor de outros estupros e um feminicídio.
"De acordo com os laudos periciais (inclusive exames de DNA) e depoimentos colhidos, restou comprovado que o investigado abusava sexualmente de mulheres em situação de vulnerabilidade entre elas prostitutas, portadoras de transtornos mentais e gestantes , submetendo-as à conjunção carnal mediante violência", escreveu o delegado.
Do pedido da prisão preventiva
Ainda conforme o delegado Bruno, há necessidade da manutenção da prisão do indiciado, uma vez que ele tem, repetidamente, cometido crimes de estupros e feminicídios, principalmente contra mulheres em vulnerabiliade social.
"O indiciado encontra-se preso temporariamente por ordem judicial, em razão de investigações que apuram a prática de estupros seguidos de homicídios em desfavor de mulheres em situação de
vulnerabilidade (prostitutas, portadoras de transtornos psiquiátricos e gestantes)", afirmou.
"A gravidade concreta dos delitos, praticados de forma reiterada contra vítimas em especial estado de vulnerabilidade, evidencia periculosidade acentuada do agente, revelando risco concreto de reiteração criminosa caso seja colocado em liberdade".
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