A Polícia Civil identificou e indiciou o gerente E.R.L.A. e mais cinco pessoas por participação em um assalto cometido mediante violência em um posto de combustível na Avenida Miguel Sutil, em Cuiabá, no dia 27 de agosto, e que resultou em um prejuízo de R$ 70 mil aos donos do estabelecimento.
A investigação resultou na Operação Cavalo de Troia, deflagrada nesta sexta-feira (21) na Capital. O gerente foi indiciado logo após ser preso em flagrante, na época do crime. Os outros cinco suspeitos foram indiciados nesta semana.
As investigações foram conduzidas pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos da Capital (Derf), que apontou o gerente e o detento Jefferson da Silva Gonzaga, recolhido em uma unidade penitenciária do Rio de Janeiro, como os mentores intelectuais do crime.
Segundo a polícia, o ex-funcionário do posto – que segue detido desde a época do crime e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva - teria contado com a ajuda de Jefferson e da namorada dele, M.S.C.M. – presa nesta sexta-feira – para planejar o crime.
Divulgação/PJC-MT
Namorada de detento foi presa quando tentava embarcar para o Rio de Janeiro
Além deles, também foram indiciados H.T.O.L.S., V.H.O.A. e R.F.C.S., que teriam sido contratados pela dupla para executarem o crime. Eles tiveram mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça e, como não foram localizados, são considerados foragidos.
A Derf representou pela prisão de Jefferson – mas ainda não recebeu posicionamento da Justiça - e a namorada foi detida nesta madrugada, quando tentava embarcar no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, com destino ao Rio de Janeiro.
Um veículo – pertencente à avó do suspeito H.T.O.L.S. – e que foi usado no assalto, encontra-se apreendido no pátio da Derf. Uma quarta pessoa, que também teria dado apoio ao assalto em um segundo veículo, ainda não foi identificada.
Investigação
Após a prisão em flagrante do gerente – cujo processo tramita na 3ª Vara Criminal de Cuiabá –, um inquérito complementar foi instaurado na Derf Cuiabá pelo delegado Diego Alex Martimiano da Silva para apurar a participação dos demais autores do roubo.
Durante a investigação, a Polícia Civil chegou a identificação de três homens apontados como executores do roubo e uma mulher que possui relacionamento amoroso com um dos suspeitos.
A identificação dos executores foi obtida após os policiais localizarem um aparelho celular abandonado pelos criminosos logo após o roubo.
De acordo com a polícia, o celular havia sido jogado pelos assaltantes em uma região de mata, provavelmente, com medo de estarem sendo monitorados, mas o ato foi flagrado por uma pessoa que passava pelo local e informado aos investigadores.
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Polícia passou a cumprir mandados na madrugada desta sexta-feira (21)
O aparelho foi periciado e dele extraído conversas entre os criminosos, mantidas via WhatsApp. Quando do crime, o celular estava na posse de H.T.O.L.S.
Nas conversas, os policiais verificaram que o gerente do posto de combustível foi quem revelou aos criminosos toda a rotina do dono do estabelecimento e planejou o crime para o dia de maior movimentação financeira do posto.
Conforme a investigação, as informações foram repassadas ao preso do Rio de Janeiro, que planejou a melhor maneira de realizar o assalto, recrutando criminosos em Cuiabá para a execução do delito, evidenciando integrarem facção criminosa, cujas lideranças estão em presídios.
O criminoso preso no Rio de Janeiro teria, então, criado um grupo no aplicativo Whatsapp especificamente para o planejamento do roubo, nomeado "Pegador de $$", e adicionando mais cinco números.
Cumprimento de mandados
A namorada do detento, segundo a polícia, teve a função de vigiar o momento de saída da vítima de sua residência e comunicar os demais integrantes para que efetuassem o roubo. Ela responde por crime de roubo majorado e estava com passagem marcada para o Rio de Janeiro.
A suspeita foi presa no momento em que ia embarcar para o Rio de Janeiro. Com sua prisão, os policiais conseguiram qualificar o presidiário do Rio de Janeiro. Ao ser presa, M.S.C.M. portava R$ 1,7 mil, proveniente do crime. Ela também teria comprado um carro com parte do dinheiro roubado do posto – um Onix, que também foi apreendido.
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Polícia Civil apreendeu R$ 1,7 mil com namorada de detento
Em buscas em sua residência, os policiais encontraram diversas notas fiscais de lojas de materiais de construção de equipamentos utilizados para arrombamento de caixa eletrônico (marreta, disco de serra, oxigênio para maçarico, arco de pua, luvas, etc). Existe a suspeita que o grupo planejava furto a agências bancárias.
Foram cumpridas buscas, ainda, nas casas dos três supostos executores do crime, que continuam foragidos.
O roubo
O crime ocorreu em 27 de agosto deste ano, quando três homens – um deles portando arma de fogo – abordaram um dos proprietários do estabelecimento comercial e levaram aproximadamente R$ 70 mil em dinheiro.
Os criminosos utilizaram um veículo Etios para a prática criminosa (taparam a placa com fita adesiva no momento do roubo).
Após o roubo eles fugiram, sendo perseguido pela vítima com seu automóvel (blindado) que conseguiu chocar-se com o veículo dos criminosos algumas vezes.
Ato contínuo, os criminosos trocaram de veículo (um segundo automóvel foi utilizado para dar apoio aos suspeitos) e o Etios foi abandonado Avenida Antártica, com alguns amassados e com pouco mais de R$ 4 mil no interior, que foram esquecidos no automóvel pelos bandidos.
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