Cuiabá, Domingo, 22 de Junho de 2025
MATOU MENOR
07.05.2025 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Médico é formado na Bolívia e foi servidor em cidade de MT

Bruno Felisberto alega que o tiro que matou namorada foi acidental; caso ocorreu no sábado (3)

Reprodução

O médico Bruno Felisberto, de 29 anos, e a namorada, Ketlhyn Vitória de Souza

O médico Bruno Felisberto, de 29 anos, e a namorada, Ketlhyn Vitória de Souza

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29 anos, que confessou ter matado a namorada Ketlhyn Vitória de Souza, de 15, se formou em medicina pela Universidade Cristã da Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra. 

Não possui nenhum vínculo profissional com a Prefeitura de Guarantã do Norte

 

Ele concluiu o curso no ano de 2020 e fez a revalidação na Universidade de Brasilia. 

 

Segundo informações do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, o CRM de Bruno é o 13625-MT, com data de inscrição em 31 de maio de 2022. Ele não tem nenhuma especialidade registrada. 

 

Bruno já atuou na Prefeitura de Guarantã do Norte, cidade em que o crime aconteceu. Após o caso, o Município se manifestou informando que o médico já não faz mais parte do quadro de servidores.

 

“O médico citado nos fatos divulgados, amplamente conhecidos, não possui nenhum vínculo profissional com a Prefeitura de Guarantã do Norte, sendo que, seu último vínculo profissional com o município iniciou e terminou na gestão passada”, diz trecho da nota. 

 

Bruno consta também como terceirizado do Município de Matupá, como médico clínico. O contrato começou em 1º  de março de 2023 e o final da vigência em 28 de agosto do mesmo ano. 

 

As redes sociais de Bruno são privadas ou restritas. No Instagram ele diz ter passado em 1º lugar em um concurso e no Facebook ele se descreve como uma pessoa altruísta, conceituada e intelectual, “com Deus e gratidão no coração”, disse. 

 

Comoção

 

Bruno confessou ser o autor do disparo que matou a namorada na madrugada de sábado (3) em Guarantã do Norte. Ele alegou à Polícia que o tiro foi acidental. 

 

Nas redes sociais, o caso gerou comoção e revolta. “Caso emblemático, o cidadão passou 5, 6, anos cursando Medicina, tem 29 anos, namorava uma menor e ainda por cima fazia exibições com arma de fogo”, diz uma das mensagens. 

 

“Querem vida loca, agora pronto! Povo lindo, futuro todo pela frente. Famílias enlutadas”, dizia outra mensagem. 

 

A Polícia Civil informou que em seu histórico há uma medida protetiva solicitada por uma ex-namorada por violência no âmbito da Lei Maria da Penha. 

 

Versão dele

 

Em quase uma hora de depoimento, Bruno alegou que estava no carro com a vítima, voltando para casa, quando a namorada pediu para dirigir e sentou no colo dele. Os dois, segundo ele, estavam alcoolizados. 

 

Foi nesse momento que ele diz ter pego a arma, pensando estar desmuniciada, quando houve o disparo.

 

Ele socorreu a vítima até o hospital e teria entrado em desespero quando ela morreu.

 

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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Jackson  08.05.25 00h18
Cadê os pais da adolescente? Porque nunca proibiram ela de namorar???
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camila melo  07.05.25 10h33
Um médico, que deveria salvar vidas, termina tirando uma- pior, a de uma adolescente com quem nunca deveria ter se envolvido. Ostentar arma, dar bebida alcoolica para menor e viver como se tivesse a mesma idade dele é um completo absurdo. Agora, uma família destruída, uma jovem com a vida interrompida, e ele com a carreira e consciência marcada para sempre. Foi acidental? Pode até ter sido. Mas nada disso teria acontecido se ele tivesse agido com a responsabilidade que se espera de um adulto - ainda mais um profissional da saúde. Imaturidade, negligência e irresponsabilidade custaram uma vida.
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Paulo silva  07.05.25 08h21
Confessou outro crime, forneceu bebida alcoólica para a menor. Facilitar a comprar de arma de fogo, parabéns ao indivíduo que agilizou tudo.
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