Cuiabá, Terça-Feira, 9 de Dezembro de 2025
FLAGRADO EM ROUBO
16.06.2022 | 16h30 Tamanho do texto A- A+

Morador de comunidade é preso e pastora critica ação da PM

Ele usa tornozeleira que mostrou que estava na Valentes de Davi; local está sendo desapropriado

Reprodução

Segundo relato policias chegaram agredindo os moradores

Segundo relato policias chegaram agredindo os moradores

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Um morador da comunidade Valentes de Davi, no Bairro Parque Amperco, em Cuiabá, que recentemente foi alvo de desapropriação, foi preso na manhã desta quinta-feira (16). Ele é suspeito de furto na empresa Multipark, no Jardim Cuiabá.

 

A fundadora da comunidade, pastora Fátima Correa, afirmou que a PM foi agressiva ao “invadir” o local em busca do morador (leia mais abaixo).

 

Segundo a Polícia Militar, o morador, de 29 anos, usa tornozeleira eletrônica e tem passagens criminais por furto, roubo e violência doméstica.

 

O furto aconteceu no escritório da empresa no início da manhã. Câmeras de segurança flagraram a ação do criminoso. 

 

Ao realizar a verificação da tornozeleira, constou-se como localização do suspeito a comunidade Valentes de Davi. Os militares, junto com a equipe da Rotam foram ao local onde, conforme o boletim de ocorrência, encontraram o suspeito.

 

Ele confessou o crime, mas não informou onde estariam os materiais furtados, alegando que não estavam com ele. O rapaz foi levado para a Central de Flagrantes e, segundo o relato, não apresentava lesões corporais.

 

"Invasão agressiva"

 

A pastora Fátima Correa, fundadora da comunidade, denunciou que houve agressividade dos militares ao realizar buscas no local.

 

“Chegaram por volta das 13h10 e não pediram licença, não. Já foram invadindo, jogando o povo contra parede, metendo o chute e colocando tudo mundo com as mãos para cima”, afirmou.

 

Ela estava do lado de fora quando tudo aconteceu e só ouviu os gritos dos rapazes que estavam no local. 

 

É uma perseguição, nunca passei tanta humilhação. Vamos sair, mas não fica judiando

A comunidade foi interditada por questões sanitárias e desapropriada na última segunda-feira (13), por determinação do Poder Judiciário.

 

Desde então o grupo não recebe mais ninguém, no entanto, aqueles que não aceitaram se mudar para o albergue oferecido pela Prefeitura de Cuiabá, aguardam condições para se mudar para outro lugar.

 

Para Fátima a ação da PM teria relação com o fato dos moradores ainda não terem saído do local.

 

“A casa não recebe mais ninguém, só tem um povo que está saindo aos pouquinhos, a gente está arrumando a caixa da mudança”.

 

“É uma perseguição, nunca passei tanta humilhação. Vamos sair, mas não fica judiando, é só isso que peço, que nos tratem que nem gente”.

 

A Polícia Militar, por sua vez, negou as agressões, alegando terem apenas realizado buscas no local.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Comunidade terapêutica é fechada e moradores são removidos

 

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PM invede comunidade Valentes de Davi

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Eduardo Miranda  16.06.22 17h02
Próxima vez a P M tem que levar flores e a banda músical antes de abordar os suspeitos, ta de sacanagem esse mimimi!?!?!
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