A paranaense Izabel Cristina Zuannazzi, de 38 anos, brutalmente assassinada a facadas na última segunda-feira (13) em Lucas do Rio Verde (320 km de Cuiabá), conheceu o homem que a matou há três meses por meio da internet.
O crime ocorreu na casa onde o suspeito mora com a mãe, que também foi agredida ao tentar defender a vítima. O homem foi preso em flagrante pela Polícia Militar no mesmo dia.
Conforme a investigação da Polícia Civil, Izabel morava em Toledo (PR) e mantinha um relacionamento virtual com o acusado, até o dia em que decidiu vir para a cidade mato-grossense a fim de conhecê-lo pessoalmente.
Em entrevista ao MidiaNews, o delegado Daniel Ney contou que a vítima estava em Lucas do Rio Verde há apenas 15 dias.
De acordo com ele, o homem confessou o crime e disse que não aceitava o término do relacionamento. E por isso a tinha assassinado. Ele a golpeou pelo menos nove vezes com uma faca.
Izabel não teria gostado do comportamento do suspeito quando o conheceu, que era o contrário da percepção que havia tido na internet. Por isso terminou o relacionamento.
“Ele não tem passagens na polícia, mas tem um histórico familiar de cometer agressões, e isso foi contado pela mãe. Ele demonstrou ser possessivo, ciumento e não aceitava o fim do relacionamento”, contou Nery.
O suspeito seria viciado em álcool e no dia do crime estava embriagado.
À reportagem, o delegado Daniel disse esperar que com esse caso, as pessoas fiquem mais alerta com relacionamentos virtuais e também para aquelas que estejam em um relacionamento de possessividade.
“A maioria das vezes não é aquele mundo mágico que vê na internet. O que chama atenção é que eles se conheceram pela internet e ela veio lá de Toledo para conhecer uma pessoa, que em poucos dias notou que não era o que ela pensava e terminou com o cara”.
“Esse é um caso para um alerta para uma pessoa que de repente também esteja em um relacionamento possessivo ciumento, envolvendo álcool, saia enquanto há tempo. Pelo que percebo a maioria dos casos de feminicídio está associada a pessoas possessivas e que fazem o uso frequente de álcool. A possessão já é perigosa e associado ao álcool fica pior”, afirmou.
O acusado teve a prisão em flagrante convertida para preventiva e será indiciado por feminicídio. As oitivas do inquérito continuam e mais testemunhas devem ser ouvidas no decorrer da semana.
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