Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
GRÁVIDA MORTA
17.03.2025 | 17h24 Tamanho do texto A- A+

“Não há nenhum pré-inocente”, diz delegado sobre investigados

Delegado não descarta que assassina tenha tido ajuda; crime segue sendo investigado pela Polícia

Victor Ostetti/MidiaNews

Delegado Caio Albuquerque, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa

Delegado Caio Albuquerque, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O delegado Caio Albuquerque, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoas, afirmou que os três homens levados à delegeacia um dia após o assassinato da adolescente  grávida E.A.S., de 16 anos, seguem na mira da Polícia.

Eles seguem investigados. Não há nenhum pré-inocente na história, não tem nenhum chancelado como não envolvido

 

“Eles seguem investigados. Não há nenhum pré-inocente na história, não tem nenhum chancelado como não envolvido. Só são pessoas que não se tinham, naquele momento para a lavratura do flagrante, elementos mínimos para que eles fossem autuados”, explicou o delegado em entrevista à rádio CBN, na tarde desta segunda-feira (17).

 

A bombeira civil Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, que confessou o assassinato está presa desde a quarta-feira (12).

 

Seu companheiro Cristian Albino Cebalho de Arruda e outros dois homens - sendo um irmão dela e um amigo da família - chegaram a ser levados para a delegacia, mas foram liberados.

 

O delegado, que em outras entrevistas mencionou acreditar que esse era um “crime de várias mãos”, pela complexidade da dinâmica da morte da adolescente, reforçou o pensamento, mas não descartou a possibilidade de Nataly ter agido sozinha.

 

“É pouco provável ela ter feito sozinha, mas não é impossível. [...] Vamos verificar todas as pessoas que, eventualmente, depois dos fatos estiveram por ali, ou pessoas que mesmo fora possam ter de alguma forma colaborado”, afirmou.

 

O delegado explicou que, em direito penal existe o tempo “domínio dos fatos”. Nesse caso, a pessoa não necessariamente participa ativamente do crime.

 

“Ele não precisa estar, por exemplo, dentro da casa, pegar na vítima, fazer a incisão na barriga da vítima. Essa pessoa pode estar fora, mas com total domínio intelectual e em posição de mando sobre aquilo que vai ser feito em outro local”, disse.

 

“Então, quando eu disse ‘crime de várias mãos’ é um crime que pode ter sido feito por mais de uma pessoa, mas que não necessariamente essas pessoas estivessem no mesmo local”, completou.

 

Segundo o delegado, os próximos passos são terminar a análise do cenário em que a vítima foi encontrada e verificar se há qualquer envolvimento dos demais investigados no caso.

 

“É para isso que as investigações servem. Elas servem para provar aquelas pessoas que podem ter envolvimento e também para provar o que não aconteceu”.

 

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