PF diz que Rowles era um dos chefes da organização criminosa

Preso na Operação Descobrimento, deflagrada nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal, o lobista Rowles Magalhães é apontado nas investigações como um dos chefes da organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína.

Ex-assessor especial da gestão Silval Barbosa, Rowles se tornou conhecido ao denunciar, em 2012, um esquema de pagamento de propina referente à licitação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Cuiabá e Várzea Grande. Ele foi preso em São Paulo.

As investigações são conduzidas pelo delegado Adair Gregório, da Polícia Federal da Bahia. Segundo ele, Rowles é um dos principais integrantes da organização criminosa, dividindo a liderança com uma outra pessoa cujo nome não foi informado.

As investigações da PF tiveram início após a apreensão de 535 kg de cocaína em um jato executivo pertencente a uma empresa portuguesa ligada a Rowles Magalhães, em fevereiro do ano passado, em Salvador. 

Michel Alvim

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De acordo com Gregório, tanto o ex-assessor quanto o ex-secretário de Estado Nilton Borgato, que foi preso em Cuiabá por participação no esquema, seriam responsáveis pelo transporte da droga.

Ainda conforme o delegado, essa seria a quarta ou quinta remessa internacional feita pelo grupo.

Suspeita e prisões

Rowles Magalhães e Nilton Borgato são investigados por tráfico internacional de drogas e formação de organização criminosa.

Além deles, também foi presa a ex-namorada de Rowles, a doleira Nelma Kodama, primeira delatora da Lava Jato. Ela estava em um hotel de luxo em Portugal quando o mandado foi cumprido.

Conforme a PF, todos os mandatos são de prisão preventiva e onde os alvos ficarão custodiados – se em Cuiabá, São Paulo ou Bahia – ainda depende de decisão judicial posterior.

Mandados em Cuiabá

Nilton Borgato, que se lançou pré-candidato a deputado federal para as eleições deste ano, foi preso em um prédio na região da Avenida do CPA, em Cuiabá. No apartamento dele, a polícia encontrou dezenas de pedras preciosas - que seriam diamantes - 4 mil dólares e quase R$ 30 mil.

A PF também cumpriu na Capital um mandado de busca e apreensão no apartamento de Rowles Magalhães, onde foram apreendidos  cédulas em dólares e euro – que até o momento não foram contabilizadas –, relógios da marca Rolex e bolsas e acessórios das marcas Valentino, Prada, Louis Vuitton, Yves Saint Laurent e Chanel.

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