O delegado Rogério Ferreira, da Decon, afirmou que os empresários Márcio Nascimento, de 49 anos, e Elisa Severino, de 51, proprietários da Imagem Eventos, planejaram angariar o máximo de dinheiro das vítimas antes de encerrar as atividades da empresa.
Segundo o delegado, o plano começou pelo menos quatro meses antes de efetivamente fecharem as portas.
“Os investigados fecharam novos contratos, exigindo pagamentos à vista, realizaram promoções, ocultaram mídias digitais de eventos que ainda não haviam sido entregues com o fim de serem comercializados posteriormente, tudo com a finalidade de levantar valores para fechar a empresa e deixar a cidade”, explicou o delegado.
Segundo ele, além de saberem que não conseguiriam cumprir com os compromissos firmados, ainda tentaram angariar o máximo de dinheiro possível das vítimas. O prejuízo das vítimas ultrapassa os R$ 7 milhões.
A crise envolvendo a Imagem Eventos começou no dia 31 de janeiro, quando a empresa cancelou diversas cerimônias de formatura, alegando dificuldades financeiras.
O anúncio pegou de surpresa turmas de cursos como Medicina, Odontologia, Direito e Nutrição, que já haviam quitado pacotes que variavam entre R$ 15 mil e R$ 30 mil por formando.
Conforme as informações, foram prejudicados mil formandos de mais 40 turmas de diversas universidades em Cuiabá, Várzea Grande e cidades do interior dos Estados de Mato Grosso e de Rondônia.
A operação
A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta terça-feira (20), a Operação Ilusion para o cumprimento de 20 ordens judiciais contra os responsáveis pela Imagem Eventos.
Entre as ordens judiciais estão sendo cumpridos mandados de prisão preventiva contra o casal de empresários Elisa e Márcio. Eles não foram localizados e são considerados foragidos.
A empresa está em nome de Antônia Alzira Alves do Nascimento, mas era, na verdade, gerida pelo filho dela, Márcio e por Elisa.
Os investigados respondem por crimes contra o patrimônio, crimes contra as relações de consumo e associação criminosa - infrações que, somadas, podem resultar em penas de até 13 anos de prisão, além de multa.
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1 Comentário(s).
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Cosme Bomfim 20.05.25 09h12 | ||||
Gostaria que todas as Recuperações Judiciais (calote legalizado) tivessem esse tratamento. Todos que utilizam do calote legalizado (RJ), agem desta forma. | ||||
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