Cacique do MDB, o deputado federal Carlos Bezerra, aos 78 anos, começou a se movimentar para disputar a eleição suplementar para o Senado, que deve ocorrer no ano que vem.
Nesta terça-feira (10), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a cassação do mandato da senadora Selma Arruda (Podemos), por seis votos a um, determinando a realização de eleição suplementar.
A expectativa é que a eleição ocorra entre março e junho do ano que vem.
Por ser presidente do MDB em Mato Grosso, Bezerra tem o poder de decisão sobre a posição da sigla na disputa. O maior desafio do cacique seria angariar apoio de outros partidos, como o Democratas (DEM) do governador Mauro Mendes.
Em conversa com o MidiaNews, Bezerra não confirmou nem negou a informação. Disse que a decisão depende dos membros do partido, e que isso será discutido até o início de 2020.
“Nós vamos discutir internamente no partido. Não discutimos ainda. Depende do partido. Vamos definir. A cassação ocorreu agora e essa eleição será só em meados do ano que vem. Vamos ver isso entre o final do ano e início do ano que vem”, resumiu.
"Grande nome" e saúde
Membro da cúpula do MDB no Estado, o deputado estadual Romoaldo Junior classificou Bezerra como um “grande nome”, mas que pode sofrer resistência dentro da própria família por questões de saúde.
Ele defendeu que o MDB discuta o assunto com o DEM e outras siglas do arco de aliança da eleição de 2018, que elegeu Mauro Mendes e o senador Jaime Campos.
“Bezerra é um grande nome, sem dúvida. É uma liderança e já foi senador. Quando foi senador, fez um grande trabalho. Foi relator do orçamento da União. Mato Grosso conquistou muitos recursos naquela época”, elogiou.
“Mas não vejo ele com essa disposição, nem a família autorizando. Ele tem 78 anos, tem problemas de saúde, que tem enfrentado. Não acredito que a família do Bezerra o deixe disputar uma eleição agora”, afirmou.
A cassação
Selma e seus suplentes Gilberto Eglair Possamai e Clérie Fabiana Mendes foram cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE) em abril deste ano por omitir despesas na ordem de R$ 1,2 milhão durante a pré-campanha e campanha de 2018, o que configura caixa 2 e abuso de poder econômico.
Os gastos foram identificados na contratação da KGM, empresa de pesquisa eleitoral, e a Genius Publicidade.
Na noite desta terça-feira (10), o Tribunal Superior Eleitoral confirmou a cassação, por 6 votos a 1.
Os ministros também decretaram a inelegibilidade de Selma e seus suplentes por um prazo de oito anos, além da realização de novas eleições em Mato Grosso.
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15 Comentário(s).
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Benedito costa 13.12.19 07h39 | ||||
Nossa mãe! Bezerra Senador? De novo? Tá na hora dele pendurar a chuteira. | ||||
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alex r 13.12.19 07h25 | ||||
Esses candidatos representam o atraso de MT!!!! | ||||
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Graci Ourives de Miranda 12.12.19 22h16 | ||||
Meu Deus! vamos renovar na politica. | ||||
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Graci Ourives de Miranda 12.12.19 22h15 | ||||
Meu Deus! vamos renovar na politica. | ||||
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Aline 12.12.19 22h03 | ||||
Essa campanha vai ser feita no watsap ...então esqueçam os grandes do agronegócios e políticos que só sabem usufruir e sugar o Estado ...vamos eleger gente da nossa gente ...um da classe trabalhadora ..que não tem vínculo com niguem que está na sujeira...nem da família Riva..nem Bezerra...nem Campos ...Nem Maggi..Nem Silval..Nem qualquer outro que já desmostrou ser contra os pobres. | ||||
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