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20.06.2017 | 07h41 Tamanho do texto A- A+

Gaeco prende mulher de ex-vereador, servidor do TJ e mais nove

Ministério Público Estadual cita "organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos"

Alair Ribeiro/MidiaNews

Um dos alvos da operação, o ex vereador Paulinho Brother, foi conduzido para prestar esclarecimentos no Gaeco

Um dos alvos da operação, o ex vereador Paulinho Brother, foi conduzido para prestar esclarecimentos no Gaeco

KARINA CABRAL E THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

Um esquema de desvio de dinheiro público na Assembleia Legislativa e no Tribunal de Contas do Estado (TCE) é alvo da operação Convescote, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado), deflagrada na manhã desta terça-feira (20).

 

Mais de 100 agentes estão cumprindo 11 mandados de prisão preventiva em Cuiabá, Várzea Grande e Cáceres, todos expedidos pela juíza Selma Arruda, da  Vara Especializada do Crime Organizado da Capital.

 

Também são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de condução coercitiva. Participam da ação agentes do Bope, Rotam, Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental e Força Tática de Cuiabá e Várzea Grande.

 

Operação visa desarticular uma organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos

As investigações do MPE apontaram irregularidades em contratos entre a Assembleia e o Tribunal de Contas com a Faespe (Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual) - esta última responsável para dar respaldo às CPI´s intaladas no Parlamento.

 

Os alvos são acusados de crime de constituição de organização criminosa, e práticas de peculato, lavagem de capitais e corrupção ativa.

 

Por meio de nota, o Gaeco afirmou que a operação visa "desarticular uma organização criminosa engendrada para saquear os cofres públicos".

 

Na Assembleia, o contrato com a Faespe, firmado em 2015 e 2016, consumiu cerca de R$ 40 milhões. A suspeita é que parte do dinheiro foi desviada para deputados e servidores.

Ex-vereador por Cuiabá e mulher são presos (atualizado às 8h35)

 

Karinny Muzzi, mulher do ex-vereador por Cuiabá Paulinho Brother, foi detida por agentes do Gaeco.

 

Ela é acusada de participar do esquema de desvio de dinheiro público da Assembleia e do TCE-MT por meio de contratos com a Faespe.

 

Ao cumprir mandado de prisão contra a mulher, os agentes flagraram uma arma sem registro na residência do ex-vereador, que por isso também foi detido.

 

Servidor da Faesp está sendo ouvido (atualizada às 09h15)

 

Lázaro Romualdo Gonçalves de Amorim, servidor da Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe) está sendo ouvido pelo Gaeco neste momento.

 

Outras duas pessoas foram conduzidas a depor (atualizada às 9h40) 

Alair Ribeiro/Mídia News

Conduzidos a depor

Outras duas pessoas foram conduzidas a depor

 

Duas pessas foram conduzidas a depor, porém, segundo a assessoria do Ministério Público Estadual (MPE), os nomes só serão divulgados no final do dia, depois que todos forem ouvidos.

 

A assessoria informou também que os mandados ainda estão sendo cumpridos.

 

Seis servidores da Faesp estão envolvidos no caso (atualizada às 9h55)

 

Segundo Maurício Magalhães, advogado da Faesp, há seis servidores da fundação envolvidos no caso e estão presentes no Gaeco nesse momento.

 

Audiências (atualizada às 10h15)

 

A assessoria da Corregedoria Geral da Justiça de Mato Grosso informou que os presos na operação passarão por audiência no período da tarde com a juíza Selma Arruda. 

 

Mais uma pessoa é levada ao Gaeco (atualizada às 10h40)

 

Cláudio Roberto, que é servidor do TCE, acaba de ser conduzido ao Gaeco para prestar esclarecimentos.

 

Ele chegou junto a seu advogado, Fernando Vareiro, que disse ainda não ter nenhuma informação sobre a operação. 

 

Alair Ribeiro/Mídia News

Cláudio Roberto

Na foto, Cláudio Roberto, um dos alvos da operação, que foi conduzido para prestar esclarecimentos no Gaeco

 Nota do TCE (atualizada às 10h50)

 

O Tribunal de Contas de Mato Grosso enviou uma nota em que afirma que não há relação entre a operação Convescote e a gestão da instituição e que não fará prejulgamento no que diz respeito ao envolvimento dos servidores na investigação. 

 

Veja a nota na íntegra:

 

"O Tribunal de Contas de Mato Grosso esclarece que a Operação Convescote, deflagada pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado – Gaeco, nesta terça-feira (20/06), não guarda relação com a gestão da instituição, pois, conforme já divulgado, trata-se de apuração de convênio celebrado entre a Faespe e outro ente público.

 

Antecipa que não fará prejulgamento em relação ao envolvimento de servidores na investigação em curso, porquanto entende como natural e próprio da democracia a apuração de denúncias por parte dos órgãos de controle e da esfera judicial.

 

Observa, por outro lado, que a instituição Tribunal de Contas está acima de qualquer eventual desvio de conduta praticado por seus membros ou seus servidores, devendo, cada um, responder por seus atos".

Alair Ribeiro/Mídia News

Paulinho Brother

Ex-vereador Paulinho Brother chegando ao Gaeco

 

O ex-vereador Paulinho Brother chega ao Gaeco (atualizada às 11h05)

 

 

Paulinho Brother, ex-vereador de Cuiabá, é conduzido ao Gaeco para prestar esclarecimentos.

 

Ele disse que foi detido porque encontraram uma arma sem registro em sua residência.

 

O ex-vereador afirmou que ainda não sabe o motivo de sua esposa, Karinny Muzzi, que é servidora do Tribunal de Contas do Estado, ter sido presa.

 

"Ela foi presa, ela vai para o Fórum. Nós ainda não sabemos nada do processo, depois que pegar o processo a gente fala", afirmou Paulinho.

 

Segundo ele, além da arma, documentos da esposa foram apreendidos na casa do casal. 

 

Reprodução

Eder Gomes

Éder Gomes, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sindojus/MT), que foi um dos presos na operação

Éder Gomes é um dos presos na operação (atualizada às 11h35)

 

O presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça de Mato Grosso (Sindojus/MT), Éder Gomes, foi um dos presos na operação Convescote.

 

A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), Rosenval Rodrigues, que foi ao Gaeco verificar se algum dos alvos da operação precisa de apoio jurídico. 

 

Outra pessoa chega ao Gaeco para prestar esclarecimentos (atualizada às 11h40)

 

Um homem acaba de chegar ao Gaeco para prestar esclarecimentos. 

 

Ele chegou todo coberto e não quis conversar com a imprensa. Apenas disse que se chama Marcos. 

 

Servidor do Tribunal de Justiça foi preso (atualizada às 12h08)

 

Segundo informações do Gaeco, um servidor do Tribunal de Justiça está entre os detidos por suspeita de participação no esquema.

 

O servidor não teve o nome revelado até o momento e, segundo o MPE, ele "mantinha envolvimento com a organização criminosa”. 

Alair Ribeiro/Mídia News

Marcos José da Silva

Marcos José da Silva, ex-secretário de administração de Várzea Grande na gestão Tião da Zaeli

 

Ex secretário de Várzea Grande é conduzido ao Gaeco (atualizada às 12h17)

 

Marcos José da Silva, ex secretário de administração em Várzea Grande, na gestão do então prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves, popularmente conhecido como Tião da Zaeli, também foi conduzido ao Gaeco para prestar esclarecimentos.

 

Advogado de Paulinho Brother e da esposa diz que eles foram presos em casa (atualizada às 12h40)

 

O advogado Carlos Frederick, responsável pela defesa do ex-vereador Paulinho Brother e da esposa Karinny Muzzi, disse que o casal foi preso em casa e que nos mandados não constam quais são os motivos da prisão e da busca e apreensão.  

 

“Tudo que a gente sabe até agora de acusação a gente soube pela mídia, porque nos mandados que eu tenho aqui em mãos, não consta acusação em si, consta apenas a determinação da prisão e a da busca e apreensão. A acusação em si nós vamos saber agora porque eu quero ter acesso à investigação”, disse o advogado.

 

Segundo ele, Karinny trabalha do Tribunal de Contas e eles acreditam que os mandados devem ter alguma ligação com isso, porém até o momento isso é apenas especulação.

 

Alair Ribeiro/Mídia News

Carlos Frederick

Carlos Frederick, advogado do ex-vereador Paulinho Brother e de sua esposa Karinny Muzzi

“A gente tem que ver quais foram os motivos que levaram o Ministério Público a pedir essa prisão preventiva para que a gente possa combater. Porque já desde o início minha cliente alega inocência, mesmo sem saber dos fatos, pela conduta dela como servidora”.

 

Carlos Frederick contou ainda que recebeu informações extraoficiais de que mais um servidor do TCE será investigado na operação. E que sua cliente está no Fórum da Capital, aguardando a audiência de custódia.

 

Já o ex-vereador Paulinho Brother, segundo o advogado, deve sair nas próximas horas.

 

Paulinho está preso por posse de arma, pois tinha uma pistola calibre 38 sem registro em casa.

 

“Era uma arma antiga que ele tem, de família, e ele não tinha registro, ele nem usava, era pra defesa da casa dele ali. É importante que se diga que é diferente o porte da posse na residência. A posse na residência é uma infringência de menor potencial ofensivo para a lei penal”, explicou o advogado.

 

Segundo Frederick, o cliente não ficará preso, visto que a pena para posse seria de um a três anos.  

 

 

 

 

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COMENTÁRIOS
7 Comentário(s).

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Cristina  21.06.17 09h18
Parabéns pelo trabalho e tb da força da mulher q vem exercendo. São mulheres assim q tem q entrar na política.
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Eduardo Benedito da Conceição  20.06.17 17h25
Eduardo Benedito da Conceição, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Ditô Botelho  20.06.17 13h45
Ditô Botelho, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
dauzanades  20.06.17 12h15
Dra Selma Rosane Arruda, parabéns. A senhora é "A JUÍZA" "EXEMPLO" que muitos colegas, políticos e cidadãos deveriam seguir como referência. Parabens GAECO.
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Marcio  20.06.17 09h58
Marcio, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas