Ato cobra reformas e critica "sabotagem" à Bolsonaro; fotos

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) realizaram na tarde deste domingo (26) uma manifestação em defesa da gestão pesselista, começando pela Praça da Bandeiras, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (do CPA), e terminando na Arena Pantanal.

A carreata, conforme a Polícia Militar, contou com 4 mil veículos.

O grupo começou a se aglomerar em frente à Praça das Bandeiras desde as 14h30. Por volta das 15h30, eles começaram a descer a Avenida do CPA em direção à região central.

Os manifestantes passaram pelas avenidas Getúlio Vargas, Miguel Sutil e Agrícola Paes de Barros, até chegar à arena.

A senadora Selma Arruda (PSL), que se elegeu se colocando como candidata de Bolsonaro, participou do evento. Ela acusou o “centrão”, formado por partidos do centro do espectro político brasileiro, de estar boicotando o Governo Bolsonaro.

Nós queremos que o centrão se coloque no seu lugar e respeite os eleitores. Nós queremos que deixem o nosso presidente governar

"Nós queremos que o centrão se coloque no seu lugar e respeite os eleitores. Nós queremos que deixem o nosso presidente governar. Parar com essa sabotagem. Nós queremos a reforma da Previdência, nós queremos a reforma administrativa também, queremos a aprovação das medidas [anticorrupção] do [ministro Sérgio] Moro e nós queremos a CPI da Lava Toga”, afirmou a senadora, que foi juíza por 22 anos.

Um dos organizadores do evento, o policial federal Rafael Ranalli, que foi candidato à Câmara Federal em 2018, disse que a manifestação serve para reforçar a pauta da gestão Bolsonaro.

“A gente está aqui para ratificar aquilo que falamos na urna ano passado. A gente votou no Bolsonaro, mas não só pela figura conservadora que ele é. Mas pela reforma que ele prometeu para o Brasil. E a gente espera que ela entre em vigor. A gente não votou no Bolsonaro para ter uma ameaça de parlamentarismo, como estão sugerindo no Congresso”, disse.

O empresário Paulo César Gomes, representante do movimento Gigantes do Brasil, de caráter conservador, também criticou a postura do "centrão".

"Na verdade, esse movimento aqui é simplesmente para legitimar o que o presidente vem fazendo. Em relação ao ‘centrão’, a gente sabe que eles querem o toma-lá-dá-cá.  E o presidente Bolsonaro foi eleito com qual pauta? Acabar com o toma-lá-dá-cá. A grande maioria do centrão está citada na Lava Jato. Então eles não querem essa ruptura com o crime político organizado. O Bolsonoro foi eleito para romper com o status quo, corrupto, do corporativismo, da troca de favores", afirmou.

A manifestação foi pacífica. Ao contrário do que se temia, não houve pedidos de fechamento do Congresso, nem do Supremo Tribunal Federal.

O grupo chegou à Arena Pantanal pouco antes das 18 horas.

No Brasil

Atos semelhantes foram realizados em dezenas de cidades brasileiras.

Em Brasília, milhares de pessoas protestaram em  frente ao Congresso Nacional. Ali os manifestantes inflaram um boneco que mostra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, como o Super Homem.

No Rio de Janeiro, bolsonaristas também lotaram as ruas de Copacabana.  Apesar do tom apaziguador adotado pelos organizadores dos atos, ataques ao Congresso e ao STF foram vistos nas ruas. Porém, não era maioria.

O Posto 5 da orla de Copacabana, ponto de concentração do protesto na capital fluminense, manifestantes ostentam um boneco inflável do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ao lado do “Pixuleco”, boneco que mostra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como presidiário.

Veja os vídeos: