Cuiabá, Sábado, 8 de Novembro de 2025
CONTRA EMANUEL
23.11.2021 | 14h09 Tamanho do texto A- A+

Base está se esvaziando e Edna cedeu à pressão, avalia Diego

Legislativo deve votar nesta semana mais um pedido contra gestor afastado por irregularidade na Saúde

Divulgação

O vereador Diego Guimarães: comissão processante contra Emanuel Pinheiro

O vereador Diego Guimarães: comissão processante contra Emanuel Pinheiro

DOUGLAS TRIELLI E LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO

O vereador Diego Guimarães (Cidadania) afirmou que a base de apoiadores do prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara de Cuiabá vem desidratando ao longo das últimas semanas.

 

Ele disse acreditar que em breve a Casa de Leis deve aprovar ao menos uma das comissões processantes contra o emedebista. Caso isso ocorra, ao final, pode haver a cassação do mandato.

 

Emanuel está afastado do cargo desde o dia 19 de outubro, após a deflagração da Operação Capistrum. Ele, a primeira-dama Marcia Pinheiro e outros servidores do seu “núcleo duro” são acusados de  criar um "cabide de empregos" na Secretaria Municipal de Saúde para acomodar indicação de aliados, obter, manter ou pagar por apoio político.

 

“O número de vereadores que estão debandando da base do prefeito tem aumentado. A gente tem feito um trabalho de conscientização dos novatos, que não merecem carregar um fardo que não é deles. Eles não estiveram aqui na última legislatura e as indicações de vereadores do passado, que fizeram da Secretaria de Saúde um comitê eleitoral, não pode recair sobre os ombros dos novos vereadores”, disse.

O número de vereadores que estão debandando da base do prefeito tem aumentado. A gente tem feito um trabalho de conscientização

 

“Então, temos feito um apelo para que eles não sujem as mãos com sangue até mesmo de cuiabanos que morreram na pandemia por falta do atendimento de saúde. E o número dos vereadores descontentes e que está votando a favor das comissões vem crescendo”, acrescentou.

 

Para ser instalada, a Comissão Processante precisa ser aprovada pela maioria simples da Casa. A partir do momento em que é instalada, os membros podem pedir o afastamento do prefeito durante a investigação, que dura 90 dias. O pedido é feito formalmente e decidido pela Justiça.

 

Três pedidos de comissões processantes já foram arquivados pela Câmara. Ao longo das votações, porém, o número de favoráveis aumentou.

 

Nesta terça-feira (23), a vereadora Edna Sampaio (PT) deve apresentar um pedido de comissão processante contra Emanuel.

 

Crítica à vereadora

 

No mesmo dia em que a Câmara arquivou dois pedidos de comissão contra Emanuel, aprovou uma Comissão Especial de Acompanhamento proposto por Edna. A medida apenas acompanharia as investigações da Operação Capistrum e foi vista com desconfiança pela oposição.

 

Edna foi acusada de proteger Emanuel, para dar tempo a ele de retornar ao cargo.

Me parece que a vereadora do PT está se curvando à opinião pública, que cobrou e foi, de uma forma contundente, contrário ao posicionamento dela

 

Ocorre que o relatório final da Comissão apontou que os dados comprovam a prática de crime de responsabilidade por parte de Emanuel. Desta forma, ela pediu uma comissão contra o gestor afastado.

 

Diego afirmou que Edna “cedeu à pressão” da opinião pública.

 

“Me parece que a vereadora do PT está se curvando à opinião pública, que cobrou e foi, de uma forma muito contundente, contrária ao posicionamento dela. Inicialmente, acredito que era um desejo dela procrastinar, enrolar, dar tempo ao prefeito alcançar uma reversão judicial”, afirmou.

 

“Agora, parece que ela volta atrás e faz um caminho inverso, ouvindo o clamor popular, certamente diante das críticas que recebeu. Acredito que a vereadora tem competência para poder desenvolver um bom mandato. Ela viu que estava no caminho errado e voltou atrás”, completou.

 

Afastamento

 

Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo no dia 19 de outubro, após a deflagração da Operação Capistrum.

 

Além dele, a operação teve como alvos a primeira-dama Márcia Pinheiro; o chefe de gabinete Antônio Monreal Neto, que chegou a ser preso; a ex-secretária Ivone de Souza; e o ex-coordenador de Gestão de Pessoas da Secretaria Municipal de Saúde, Ricardo Aparecido Ribeiro.

 

O grupo é acusado de  criar um "cabide de empregos" na Secretaria Municipal de Saúde para acomodar indicação de aliados, obter, manter ou pagar por apoio político.

 

Outra acusação que pesa é a de pagamento ilegal do chamado "prêmio saúde", de até R$ 5,8 mil, sem nenhum critério. 

 

Segundo as investigações, o prefeito reiterou nas práticas consideradas irregulares apesar de determinações judiciais e de ordens do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

 

O prejuízo aos cofres públicos de Cuiabá, segundo o MPE, foi de R$ 16 milhões.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Comissão aponta crime de responsabilidade praticado por Emanuel

 

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COMENTÁRIOS
3 Comentário(s).

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Dolores   24.11.21 08h32
Vereador o sr quer notoriedade assim xm fez o descompensado Abílio, vai trabalhar, vai mostrar serviço e deixa a justiça agir, torço para que EP volte, esta fazendo bom trabalho por Cuiabá, não sou servidora pública mas sei que contratos por indicações sempre teve no executivo, legislativo e judiciário e nem o povo é nem MP fizeram nada, agora política chegando e medo da concorrência faz com que todo mundo acordasse para famoso contrato por indicação política.
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Aroldo Nunes  23.11.21 15h58
Como sempre o PT em cima do muro. Tem que ir para cima, o povo quer definição.
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Pedro  23.11.21 14h32
Amigo não estou aqui pra defender ninguém mas eu acho que está na hora de vocês fazerem alguma para nossa Cuiabá ou vocês já estão pensando nas eleições de 2022 o povo não e mas besta o outro doido do Abílio começou nas redes sociais o povo está olho em vocês só blá blá blá e salário na conta todo dia 20
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