Cuiabá, Domingo, 7 de Setembro de 2025
ALVOS DE OPERAÇÃO
16.12.2022 | 17h07 Tamanho do texto A- A+

Cattani: “Eles não são criminosos e têm o direito de dar opinião”

Deputado estadual afirmou que o direito de se manifestar está previsto na Constituição Federal

JLSiqueira/ALMT

O deputado estadual reeleito Gilberto Cattani (PL)

O deputado estadual reeleito Gilberto Cattani (PL)

GUSTAVO CASTRO
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) saiu em defesa do empresário Rafael Yonekubo e da advogada Analady Carneiro, alvos de uma operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (15) em Mato Grosso e outros seis estados. Para o parlamentar, eles têm o direito de se manifestarem e não cometeram nenhum crime.

 

A Polícia Federal cumpriu 20 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso em uma operação nacional contra envolvidos em manifestações que incluem bloqueios em rodovias e pedidos de golpe militar. Em todo o Brasil, foram mais de 100 mandados. 

O nosso direito de se manifestar é livre, está na nossa Constituição, no artigo 5º. Isso não quer dizer que eles têm razão ou não

 

Em Mato Grosso, além de Rafael e Analady Carneiro, o oficial da reserva do Exército Adavilso Azevedo (PL) e o ex-presidente do diretório do PSL (hoje, União Brasil) em Nova Mutum, Wilson Iusaku Suzuki, também foram alvos.

 

Cattani disse que o direito de se manifestar está previsto na Constituição, ainda que não tenham motivos plausíveis. Para o parlamentar, os acusados, que ele caracterizou como "pessoas simples", não cometeram crimes.

 

“O nosso direito de se manifestar é livre, está na nossa Constituição, no artigo 5º. Isso não quer dizer que eles têm razão ou não. Você não precisa ter razão para você se manifestar. Isso é um ponto”, disse o deputado.

 

“Agora, intimaram nesta operação pessoas que elas conhecem, que sabem que não são criminosos. Quem aqui não conhece a Analady e o Rafael? Nós sabemos que eles não são criminosos e agora estão sendo acusados de criminosos, de pessoas horripilantes para a sociedade. Eles têm o direito [de se manifestarem]”, emendou Cattani.

 

Voto impresso e código-fonte

 

Para o deputado, se o voto impresso fosse aprovado ou se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) liberasse o acesso aos códigos-fonte das urnas eletrônicas, "nada disso teria acontecido". Conforme Cattani, os procedimentos trariam mais "legitimidade" às eleições e não seriam mais alvos de "desconfianças" por parte de bolsonaristas.

 

"Se ele difere da sua opinião e se acha que houve fraude, por que não entregaram o código-fonte? Se entregam o código-fonte, nada disso tinha acontecido. Por que não fizeram um voto impresso lá atrás? Se tivesse voto impresso nada disso aconteceria", disse ele.

 

As medidas foram ordenadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que ainda ordenou o bloqueio de redes sociais de diversos alvos e contas bancárias dos investigados.

 

Leia mais: 

 

"Nunca fui a favor de fechar estrada, meter fogo”, diz alvo da PF

 

PF faz operação contra atos em MT; ex-candidato é um dos alvos

 

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
10 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Aldo  17.12.22 10h21
A justiça age sempre dentro da lei, é bastante estranho um deputado que faz leis não saber diferenciar direito de dar opinião amparada por lei e opinião fora da lei.
15
1
NIVALDO  17.12.22 08h08
Bom dia, pessoal eu quero aqui deixar a minha opiniao, se nao fosse crime voces acham, que a policia federal ia na residencias desses elementos?
20
0
joaoderondonopolis  17.12.22 07h58
Xandão está usando a Lei e nada mais. Continue defendendo o Brasil e a população. Parabéns Xandão.
20
1
Leonardo  17.12.22 07h42
Ter opinião é uma coisa, outra coisa é promover, fomentar e difundir um golpe de estado. Isso é crime, deputado. Quem promove um golpe de estado está cometendo um crime e merece ser investigado e preso caso seja comprovado.
20
0
Leondino  17.12.22 07h08
Deputado, só tonto entra na sua conversa. Não existe liberdade de expressão absoluta e o senhor sabe muito bem disso. Existe o direito de pedir a volta do nazismo? Não, né?
18
1